quarta-feira, 28 de outubro de 2009

NÃO ESTAMOS TÃO SÓS

O relatório do IPCC de fevereiro de 2007 foi um documento muito suave sobre a verdadeira situação ambiental do planeta. O rascunho, elaborado com base nos estudos de 2.500 cientistas, sofreu alterações bastante significativas por representantes de diversos paises. Alguns estranharão a presença e força desses paises na intromissão de um assunto exclusivamente científico. É que a reunião foi proporcionada pela ONU – clube internacional destinado a legitimar ações políticas e militares dos interesses econômicos mundiais – tendo os governos respectivos o direito de se representarem nas decisões dos cientistas.
É preciso que se entenda que os homens de ciência estão inseridos no sistema econômico. Cada um deles tem algum emprego, família, filhos e nenhum vai querer bancar em herói quixotesco. As conseqüências seriam lamentáveis.
Todo o rascunho do relatório passou pelo crivo dessa corporação de “oniscientes” governamentais. Como os governos são representantes da estrutura econômica, quem ditou os termos finais e definitivos foi o sistema vigente. Os paises que mais interferiram no assunto, foram os EE. UU., a Arábia Saudita e a Índia. Daí, é fácil calcular que alguns termos realísticos do relatório foram banidos. Naturalmente que os cientistas argumentaram, pediram, imploraram, mas o “punho de ferro” é que deu a última palavra.
Assim, por concessão bi-lateral, o foco do relatório passou a ser o “aquecimento global”, termo brando e suscetível de ser discutido e refutado por “cientistas” de encomenda, fáceis de ser encontrados e seduzíveis pelo metal sonante.
A realidade histórico-ambiental por que atravessamos é extremamente séria, muito mais incisiva do que ficou transpirado no citado documento. Aquecimento global é apenas uma das conseqüências; a mais imediata, a mais visível, a mais discutível, a mais maleável. A que aparece primeiro.
O meio ambiente do planeta não foi simplesmente construído; foi resultado de embate de forças cósmicas e locais. É, portanto, um sistema vivencial estabelecido pela atuação de forças naturais. Está em equilíbrio, sofrendo contínuas ações circunstanciais de alteração que, em conseqüência, produzem as reações adequadas de adaptação, gerando evoluções. Evolução não significa necessariamente melhorar, mas adequar-se. A qualificação “melhorar” ou “piorar” são avaliações antropocêntricas. Meio ambiente é, portanto, o ponto oscilante do equilíbrio necessário à Vida. Pode ser pontual, regional ou geral. As condições gerais são as essenciais, básicas, que abarcam toda a biosfera. E esta é tênue, cheia de limites, mas que se mantém graças aos fatores de equilíbrio. Eis a pedra de toque: equilíbrio. Isso não precisa ser explicado; todos sabem que sua perturbação produz o desequilíbrio, situação em que os elementos energéticos de um sistema quebram a estabilidade, estabelecendo o predomínio de forças caóticas.
O relatório do IPCC, se de livre manifestação, teria posto a situação sob o enfoque do equilíbrio vivencial e, como conseqüência, que as medidas a serem tomadas deveriam ser urgentes. Mesmo assim, lavrou um tento quando identificou o causador desse mal: a estrutura econômica, mas foi obrigado a suavizar seu nome, chamando-o de “causa antropogênica”. Com isso, distribuiu a culpa para todos, indistintamente.
Visto dessa forma, fica explicito que a situação histórica por que passa a humanidade é gravíssima. O sistema civilizatório atual, calcado numa estrutura socioeconômica, está desequilibrando todas as condições de vivência. E o desequilíbrio leva a Natureza a procurar outras condições para voltar à estabilidade, estabelecendo outras situações, completamente adversas à vida conhecida atualmente. Afinal, os interesses cósmicos se sobrepõem aos do “homo sapiens”.
Não há gratuidade nas considerações acima. Recentemente, tomamos conhecimento de diversas declarações que corroboram a visão externada de desequilíbrio e urgência. Segundo relatório da London School of Economics, por encomenda da ONG britânica Optimum Population Trust, o controle de natalidade para redução gradual da população mundial deve ser considerado na próxima Conferência de Copenhague. O presidente daquela ONG Roger Martin, acompanhado de personalidades importantes, como o naturalista Richard Attenborough e o cientista James Lovelock, declarou à BBC que esse assunto não é amplamente discutido porque é considerado, pelas esferas religiosas mundiais e pela ética social, um tabu, algo inteiramente irracional neste período histórico de decisões.
Informa ainda o relatório que, em termos de carbono, o mundo recebe, pelos nascimentos de humanos, 1,5 milhão por dia, ou 80 milhões por ano de novos emissores. Se a gravidez mundial for reduzida em 40%, isso equivale, até 2050, a 34 bilhões de toneladas de CO2.
Falar de antropogenia começa por referir ao seu ninho produtor: natalidade humana. Mas isso não atende aos interesses do sistema econômico; diminuiria muito o potencial consumidor.

sábado, 24 de outubro de 2009

PENSAMENTOS SOLTOS - DIÁLOGOS

– Como se chama esta cidade?
– Palmital.
– Por que Palmital?
– Porque aqui tinha muito palmito.
– Não tem mais?
– Não.


– Como se chama esta cidade?
¬– Belo Horizonte.
– Por que Belo Horizonte?
– Porque aqui tinha um belo horizonte.
– Não tem mais?
– Não.


– Como se chama esta cidade?
– Veredas.
– Por que Veredas?
– Porque aqui tinha muitas veredas.
– Não tem mais?
– Não.


– Daqui, a bordo desta espaçonave, dá pra ver diversos planetas. Você, que é pesquisar cosmológico, sabe me informar como se chama aquele planeta pequeno?
– Terra.
– Sabe se lá tem vida como no nosso?
– Tinha muitos tipos de vida.
– Não tem mais?
– Não.


– Papai, para que existem cachorros?
– Para morrer atropelados nas avenidas e estradas.
– Por que eles morrem assim?
– É o progresso, meu filho. O progresso...


– Isso é taxativo: para qualquer problema, a Natureza tem sempre uma solução. Aprendamos com ela.
– Eh! Mas, às vezes, a Natureza destrói!
– Bem, é porque, nesse caso, a destruição é a solução.


– O trânsito em São Paulo está insuportável. A cidade já não comporta tanto automóvel.
– Não. A cidade não tem tanto automóvel; tem é gente demais, fabricando e comprando automóveis.


– Estão informando que tem muita fome no mundo.
– Não. Não existe fome. O que existe é gente demais.


– A ONU informou que em 2050 a Terra terá 9 bilhões de habitantes e que haverá necessidade de aumentar a alimentação em 70%.
– Isso é fácil. É só construírem mais 70% de supermercados.


– O governador de Santa Catarina estabeleceu que a mata ciliar fosse reduzida de 30 para 10 metros.
– Acho que ainda é muito. Deveria ter reduzido para 3 milímetros.


– Um filho é apenas um filho.
– Não. É muito mais que isso. É você mesmo em desdobramento pela eternidade, desafiando o tempo.


– O casamento é uma associação igualitária.
– Não. O casamento, para o homem, é uma concessão; para a mulher, um privilégio; para os filhos uma necessidade.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

NEGÓCIOS AMBIENTAIS VÃO BEM

A jornalista Miriam Leitão esteve na Inglaterra e nos dá notícias de que Londres é a capital mundial dos negócios ambientais.
Textualmente, informa que “Cape Farewell faz eventos culturais ligados à mudança climática. Futerra é uma agência de marketing sobre o tema. IPPR é um centro de estudos sobre o problema. The Climate Group, criado por Tony Blair, identifica negócios na área. The Carbon Trust dá selo de qualidade de baixo carbono”, acrescentando que, ao visitar tais empresas, não ouviu falar em crise econômica, havendo grande procura pelos seus serviços. Diz um dos entrevistados pela jornalista que “este não é um problema científico apenas. É político, econômico, social.” Acrescentaríamos que é um problema total, de conseqüências catastróficas.
A empresa Futerra cresceu tanto que já se tornou multinacional. É especializada em comunicação ambiental. Sua presidenta ensina que os cientistas falam de derretimento do gelo com a conseqüente elevação do nível dos mares e tragédias nos próximos 30 anos. Acrescenta que “ninguém quer saber. As pessoas não têm empatia por um bloco de gelo. Têm é por pessoas, por animais. O sonho mobiliza. Por isso, é preciso primeiro mostrar o sonho e mostrar que o estilo de vida sustentável é mais elegante e desejável”
A jornalista esclarece que “na semana que passei em Londres, vi uma sucessão de negócios e iniciativas que estão surgindo debaixo do guarda-chuva da mudança climática.”
É isso aí. O mundo empresarial está fazendo uso sórdido da própria desgraça. Enxerga a tragédia prevista como um filão de oportunidade de negócios lucrativos. É um sintoma cruel e incurável da estrutura socioeconômica em que vivemos. E essa estrutura é um equívoco civilizacional.
Está em plena ascensão a nova qualificação profissional “gestor ambiental” que ocupam cargos de gerência e até diretoria. A procura de tais acadêmicos tem sido grande pelas empresas que querem se manter “modernas” e “atualizadas”. As faculdades têm oferecido cursos pós graduação nessa área. Já li um programa escolar da espécie. Tudo é, em resumo, bla-bla-bla. A tônica é sempre o “desenvolvimento sustentável”, que, como já tivemos oportunidade de explicar, equivale a uma injeção de morfina aplicada diretamente no cérebro. E temos visto o resultado do trabalho desses profissionais nas etiquetas e manuais de produtos industrializados, nas propagandas, em eventos.
O empresariado brasileiro já enxergou que, com a provável candidatura de Marina Silva para a presidência, o foco, o tema, o assunto, o ambiente midiático, a linguagem, girará em torno da problemática ambiental, elevando-a de importância e relevo em todas as classes sociais. E já estão se movendo com mais empenho nesse rumo, porque pegam carona na divulgação publicitária. Para ilustrar o assunto abordado neste artigo, citamos resenha de alguns anúncios publicados, com destaque nesta semana, numa revista semanal de grande circulação: Walmart Brasil: “Sustentabilidade para o Walmart não fica só no papel.” Braskem: “Matéria prima usada em carros da fórmula 1: plástico reciclado. CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz): “Produzir e utilizar energia de forma sustentável...” Coca-Cola: “Construção de fábricas verdes...” Itaú: “Criamos um fundo de investimento que contribui para o combate às mudanças climáticas.”
A desgraça alheia proporciona lucros a outros. Sempre foi assim. Mas, agora, com a identificação científica de que a humanidade está cavando a própria sepultura, a desgraça será total, envolvendo a todos, inclusive os demais seres vivos inocentes. Antevemos que a vingança da Natureza será terrível.

sábado, 10 de outubro de 2009

Horror e Indignação: Japão e Dinamarca promovem matança de golfinhos


(Transcrição do artigo de mesmo nome e autor, no blog coirmão "Formou? Disseca e Publica!") 


Difícil dizer qual dos dois casos é o mais chocante e revoltante: o dinamarquês ou o japonês. Ambos versam sobre o mesmo tema: massacres em massa de golfinhos, todos os anos, na mesma época. O primeiro, nas Ilhas Faroe, na Dinamarca, em nome de uma tradição viking que consiste em fazer com que centenas de jovens matem outras tantas centenas de golfinhos da espécie Calderon (aqueles mais dóceis e brincalhões, que ingenuamente se aproximam e fazem amizade com os humanos) e baleias bicudas. Isto é feito como rito de passagem dos jovens, da fase adolescente para a fase adulta. Nesse ritual o povo também participa, ajudando e parecendo se divertir diante de uma verdadeira carnificina, em que o mar se tinge do vermelho do sangue dos animais abatidos e que depois, agonizando ou já mortos, enfileiram-se nas areias da praia, como troféus. Neste caso, a coisa para os habitantes parece ser tão natural, que sequer existem restrições para fotos ou filmagens.


No segundo caso, o japonês, os fatos se dão nas Ilhas Honshu e os motivos já são de ordem econômica, pois um golfinho abatido para consumo da carne pode ser vendido por 500 dólares. Mas poderão alcançar até 1. 500 dólares, se forem vendidos para exibições em parques aquáticos, shows que são muito comuns em vários países, tanto ocidentais como orientais. A diferença do caso japonês para o dinamarquês é que no Japão essas atividades são clandestinas, escondidas do mundo, com total repressão a qualquer tipo de divulgação para o exterior. Fotos e filmagens são proibidas, sendo reprimidas até com violência, como aconteceu com uma equipe de ambientalistas dirigida pelo ex-treinador de golfinhos Ric O'Barney,  que documentou (secretamente e em verdadeiro estilo James Bond) todas as dificuldades por que passou a sua equipe, para conseguir raras imagens e fotos. O vídeo produzido foi tão checante e realista que recebeu vários prêmios mundiais de reportagens.

O que existe de comum nos dois casos são a enorme quantidade de animais mortos, com requintes de crueldade, pois são abatidos a pauladas depois de enleados em rede e a morte não é imediata, passando os golfinhos por vários minutos de agonia, onde se debatem e gemem, com gritos parecidos aos de crianças humanas. Vejam os dois vídeos e tirem as suas conclusões e se possível, emitam opiniões sobre o que acham das razões de fatos dessa natureza não serem amplamente divulgados mundialmente. Os vídeos, por minha absoluta falta de tempo pra traduzir e legendar, estão em Inglês, mas são de fácil entendimento porque as imagens falam por si só e saltam aos olhos. Antes, porém, um alerta: os vídeos contêm imagens fortes e chocantes, não sendo recomendáveis para pessoas sensíveis e crianças de menos de 14 anos. Ei-los:

Vídeo 1 - Matança de golfinhos nas Ilhas Faroe, Dinamarca:



Vídeo 2 - Matança de golfinhos nas Ilhas Honshu, Japão:



Diante do que vimos, resta-nos perguntar: No dia em que a escassez de alimentos se tornar mais aguda em decorrência da superpopulação planetária, quem os humanos matarão?

Fontes: International Fund for Animal Welfare; Seal Alert South Africa; Jornal Britânico Daily Mail (foto-Japão); ANDA - Agência de Notícias dos Direitos Animais; Pravda; Youtube (no vídeo); intelectual; vidavegetariana ; diversas (internet)

Marcadores: , , , ,

domingo, 4 de outubro de 2009

GRANDE NOVIDADE TECNOLÓGICA

/\ Como é do conhecimento geral, a tecnologia vem avançando tão rápido e com tal apuro que nosso dia-a-dia é feito de surpresas, sofisticações e acréscimo de confortos. Atualmente, graças ao domínio técnico das forças e fenômenos naturais guardados no âmbito do microcosmo, temos à nossa disposição poderes impensados há menos de 50 anos. Pelas disponibilidades tecnológicas, contamos com recursos e benesses que revolucionaram as próprias regras do meio ambiente para a vida. Não temos mais que despender esforço físico e comprimimos o tempo natural de duas horas para uma fração de segundos. Relativamente, estamos vivendo em média mais de 200 anos, se considerarmos a velocidade alucinante de nossas ações, apoiadas nos avanços tecnológicos que nos dão disponibilidades, alcances no espaço e no tempo, exatidão e presença global.
Hoje, fazemos uma cirurgia sem cortar o corpo; falamos com o filho distante a qualquer hora; vamos a Paris de manhã e voltamos à tarde; não precisamos caminhar nem sair de casa; um simples botão suprime diversos esforços; temos esses aparelhinhos que funcionam como comunicador, batedor de fotos, filmadora, internete, piscina, campo de aviação, qualquer coisa enfim.
Pois bem. A tecnologia chegou a tal ponto que, para quem quiser, existem chocalhos para pendurar nos beiços, alfinetes para pregar na língua e tintas equalizantes da beleza feminina. São fantásticos os recursos tecnológicos disponíveis para as vontades humanas. É só desejar!
Agora, recentemente, foi lançado o último procedimento modista que se torna de grande valia para os indivíduos que compõem a massa populacional. Trata-se de um pequeno chip que, sem grandes riscos, pode ser implantado no cérebro por meio de uma cirurgia simples. Após dois dias de convalescença, o portador desse importantíssimo aparelho terá à sua disposição uma infinidade de recursos tecnológicos. Dentre esses, citamos como os mais valiosos e importantes:
a) a capacidade de o chip transmitir 24 horas por dia todos os programas de televisão, bastando um simples pensamento para mudar de canal;
b) à noite para dormir, basta pensar em anti-música, e o som perfeito será ouvido enquanto o felizardo dorme;
c) não será preciso o tremendo esforço de pensar ou ler, pois o chip pensará pelo próprio, fornecendo-lhe todas as informações relativas a qualquer assunto;
d) não é necessário obter emprego remunerado, pois as informações sobre como ganhar na bolsa são rigorosamente eficientes, gerando sempre bons resultados financeiros;
e) o sistema, automaticamente, selecionará a moça ou rapaz mais conveniente para o sucesso no casamento, tendo em vista a participação conjunta em projeções de interesse sócio-econômicos, o que redundará em estabilidade virtual do casal.
f) o próprio programa do chip indicará ao implantado todas as informações sobre as melhores opções para consumir tudo o que desejar segundo um cronograma publicitário muito eficiente, elaborado por competentes técnicos da informática.
g) não há necessidade de agenda, pois o beneficiário nunca se esquecerá de nada; o sistema contém uma memória de grande capacidade que o lembrará de tudo.
h) o sistema é reversível, sob nova cirurgia para retirada do chip, mas esse procedimento não é recomendável porque o implantado ficará privado da orientação técnica, tomando decisões controversas, auto-destrutivas e incompatíveis com os modernos códigos de conduta coletiva. Ademais, estando incapacitado para uso de sua própria mente, corre grande risco de ser classificado como alienado de toda a sociedade humana.
Com esse avanço tecnológico, fica afastada definitivamente a possibilidade de o consumidor potencial seguir um caminho errático na vida, pois esta estará previamente programada segundo os critérios mais evoluídos dos formadores de mentalidade do emergente mercado psíquico-utilitário.
Espera-se que o Brasil seja um dos campeões na adesão a esse revolucionário e benéfico sistema de implantação cerebral, pois já vem denotando ao mundo sua complacência e entusiasmo com os últimos eventos tecnológicos, sendo um promissor potencial de consumo.
Por enquanto, o custo de uma cirurgia da espécie é elevado – estimado em R$2.000,00. O governo, contudo, com ajuda dos convênios que já estão sendo encaminhados no FMI e outros órgãos internacionais, prometeu verba equivalente a uma significativa redução daquele preço ou mesmo a gratuidade para a camada do povo brasileiro de baixo poder aquisitivo. \/

Observação: /\...\/ (sinais de ironia)