sábado, 25 de dezembro de 2010

CORDEL AMBIENTAL

Temos o prazer de reproduzir abaixo o interessante trabalho do conhecido ambientalista Antídio S. P. Teixeira.


CORDEL AMBIENTAL
Antídio S.P.Teixeira



Amanhã é domingo, pede cachimbo,
Tocar gaita, repicar os sinos,
Pensar nos meninos,
Como viverão amanhã.

Meninos de ontem,
Homens de hoje,
Não pensam no amanhã,
Dos meninos de hoje;
Cresceram num sonho,
Não conseguem despertar.

O amanhã é incerto,
Não se faz previsão,
Os homens de hoje,
Perderam a noção,
Da finalidade da vida,
E da sua missão.


Sonham com crescimento contínuo como dever,
Ignorando ser impossível, sem limites crescer,
Necessitam de um solavanco para despertar.
Para uma realidade que não se pode mais duvidar.


Finitos os recursos terrestres,
Estão prestes a se esgotar,
E a disputa pela sua posse,
Fazem a violência aumentar,
Eliminando dos menos providos,
O direito de se beneficiar.


Guerras nucleares poderão acontecer,
Movidas por ambição pelo poder,
Os fortes, desconhecem limites,
Pois, não têm a quem obedecer,
Sacrificam povos inocentes,
Para a eles submeter.


O lixo em todo mundo se acumula,
Já não se tem onde jogar,
A Natureza reclama,
Procurando se reequilibrar;
Manda calor, ventos e chuvas,
Na tentativa de se recuperar.


Das montanhas, a terra e a lama escorregam;
Estradas, casas e cidades soterram,
Com as águas tempestuosas enfurecidas,
Lavouras, pastagens e criações submergidas.
Produtos nos mercados escasseados,
Alimentos essenciais sonegados.


Não haverá solução,
Se não se julgar o caso com atenção,
Contemplar no mundo todo,
A causa única da degradação.
Bens e serviços de luxo para poucos,
É a causa da destruição.


Todos os bens que se usa ou se consome,
Na produção, várias formas de energia foram consumidas,
E para funcionar, novas formas de energia são requeridas.
Calor e Movimento, as formas mais usadas,
Da queima de fósseis extraídas; mais baratas porque
Não pagam, as agressões, pela Natureza sofrida.


Os cursos de água correntes e renováveis,
Com energia limpa, já não suprem a demanda global,
Mas a bioenergia, pode vir a ser, a esperança final.
Embora Luz, Calor,Ventos e Marés abundem,
Maiores são os custos das transformações,
De energia bruta potencializada, em outras versões.


A humanidade, a crescer tem sido orientada,
Para consumir mais do que necessita,
E assim gerar lucros espúrios para alguns,
Com os salários dos trabalhadores dispensados.
Não levam em consideração, o custo global desta ação,
Que o Meio Ambiente tem a pagar, por esta aberração.


Evitar o consumo, desnecessário,
É a forma do desequilíbrio conter.
Se comer e beber além da cota dá prazer,
A saúde, a estética e a economia vão sofrer.
Embora médicos, empresas e empregados,
Felizes da vida, com isso vão viver.


Obras imobiliárias faraônicas desnecessárias,
Para as vaidades de poucos satisfazer,
Devem ser evitadas, para a poluição ambiental conter.
Preservar o que se tem, é comportamento racional,
É forma inteligente de se economizar para viver.
Necessário se torna portanto, procurar entender.


Sem revolucionar a economia mundial,
Este problema não vai se resolver
Somente com a redução do consumo supérfluo,
Há chances de se sobreviver.
Porque não há fórmulas mágicas estabelecidas,
Para este problema resolver.


Reduzir a carga populacional do mundo,
É o que a razão indica fazer,
E o processo a ser adotado nessa missão,
É a natalidade conter.
A seleção das sementes, é um ato natural,
Praticado por agricultores, e criadores também.


Fetos imperfeitos, condenados na vida a sofrer,
Devem ser impedidos, nesta jornada de concorrer.
Aos idosos e aos incuráveis, o direito de optar,
Se continuar na vida sofrendo, ou dela desertar.
Assim, contribuindo com os mais aptos,
Para a missão da vida terrestre preservar.


Rio de Janeiro, 25 de dezembro de 2.010 - Sábado
antidiospt@yahoo.com.br

7 Comentários:

Às 26 de dezembro de 2010 às 22:21 , Blogger Unknown disse...

O meio ambiente está gritando por socorro, e as pessoas não querem ouvir.....o que vamos fazer?

 
Às 27 de dezembro de 2010 às 15:39 , Blogger Maurício disse...

O que vamos fazer? É simples. Tomar consciência dessa situação e trabalhar contra o avanço do tal de progresso material atrelado à ganância econômica.

 
Às 3 de janeiro de 2011 às 15:58 , Blogger Marcel Lima (o Mala) disse...

Olha...
Ambientalista pede cachimbo?

Não estão preocupados com os gases emitidos pelo tabaco ou com os problemas de saúde ocasionados pelo 'fumacê'?

 
Às 23 de janeiro de 2011 às 19:32 , Anonymous LUCIA CARMEN DE OLIVEIRA disse...

O Ambiente pede por socorro, só que 90% dos professores ganham tão mal que nem podem investir na Educação Ambiental dos alunos ou num Projeto como os do PEJUMA, COMVIDA, REJUMA, aliás, o analfabetismo funcional os impedem de se inteirar para dar credibilidade ao postulado pelo MMA/MEC. Se os acadêmicos enfrentam linha dura, imagine nós...
TITALCO

 
Às 23 de janeiro de 2011 às 19:50 , Anonymous LUCARMEN disse...

O Royalt que o Brasil não cobra sobre produtos patenteados aqui, inclusive do samba, da capoeira... Aproveitaram o gancho da privatização e isso pode significar uma humilhação para nós que sofremos variados altas taxas de tributos. Infelizmente, o que o governo tem disponibilizado em Editais Via Internet é 99% via acadêmica, onde por sua vez é submissa ao paradigma do sistema. E a causa principal dessa inércia social é a de sempre: ANALFABETISMO FUNCIONAL que impossibilita os jovens de adentrar nas competências dos Editais MMA, PEJUMA, REJUMA, Agenda21, aliás nem um manua. O professor ganha tão mal que nem ousa promover essa 'inclusão' tão burocrática e permeada de interesses individuais. É...não há como acompanhar os países desenvolvidos e ficamos subjugados ao paradigma deles.

 
Às 26 de julho de 2011 às 22:03 , Anonymous Anônimo disse...

Meu nome e Eduardo Cavalcante eu véu da esse alerta
minha gente vamos cuida agora porque depois pode ser tarde
pegue mudas e plante vamos ajuda o nosso planeta

 
Às 26 de julho de 2011 às 22:07 , Anonymous eduardo disse...

eu vou fazendo a minha parte protegem a minha natureza

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial