sábado, 24 de outubro de 2009

PENSAMENTOS SOLTOS - DIÁLOGOS

– Como se chama esta cidade?
– Palmital.
– Por que Palmital?
– Porque aqui tinha muito palmito.
– Não tem mais?
– Não.


– Como se chama esta cidade?
¬– Belo Horizonte.
– Por que Belo Horizonte?
– Porque aqui tinha um belo horizonte.
– Não tem mais?
– Não.


– Como se chama esta cidade?
– Veredas.
– Por que Veredas?
– Porque aqui tinha muitas veredas.
– Não tem mais?
– Não.


– Daqui, a bordo desta espaçonave, dá pra ver diversos planetas. Você, que é pesquisar cosmológico, sabe me informar como se chama aquele planeta pequeno?
– Terra.
– Sabe se lá tem vida como no nosso?
– Tinha muitos tipos de vida.
– Não tem mais?
– Não.


– Papai, para que existem cachorros?
– Para morrer atropelados nas avenidas e estradas.
– Por que eles morrem assim?
– É o progresso, meu filho. O progresso...


– Isso é taxativo: para qualquer problema, a Natureza tem sempre uma solução. Aprendamos com ela.
– Eh! Mas, às vezes, a Natureza destrói!
– Bem, é porque, nesse caso, a destruição é a solução.


– O trânsito em São Paulo está insuportável. A cidade já não comporta tanto automóvel.
– Não. A cidade não tem tanto automóvel; tem é gente demais, fabricando e comprando automóveis.


– Estão informando que tem muita fome no mundo.
– Não. Não existe fome. O que existe é gente demais.


– A ONU informou que em 2050 a Terra terá 9 bilhões de habitantes e que haverá necessidade de aumentar a alimentação em 70%.
– Isso é fácil. É só construírem mais 70% de supermercados.


– O governador de Santa Catarina estabeleceu que a mata ciliar fosse reduzida de 30 para 10 metros.
– Acho que ainda é muito. Deveria ter reduzido para 3 milímetros.


– Um filho é apenas um filho.
– Não. É muito mais que isso. É você mesmo em desdobramento pela eternidade, desafiando o tempo.


– O casamento é uma associação igualitária.
– Não. O casamento, para o homem, é uma concessão; para a mulher, um privilégio; para os filhos uma necessidade.

1 Comentários:

Às 25 de outubro de 2009 às 00:44 , Blogger Jorge Jansen disse...

Parabéns pela idéia original e criativa do seu texto. Estou postando por estes dias um artigo relacionado e gostei muito da sua abordagem.

 

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