terça-feira, 4 de novembro de 2008

IRRESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL

Publicamos abaixo o interessante artigo do nosso colaborador, ambientalista Antídio S.P. Texeira.

"Sabe-se tudo sobre o presente porque, sem esforço, vemos, ouvimos e sentimos os acontecimentos; porém, para entendê-los, necessitamos usar o raciocínio para reconstituir mentalmente o passado e acompanhar o desenvolvimento dos fatos que os antecederam. Isso, para a maioria dos indivíduos é mais cansativo do que escalar montanhas. Para estes, é mais cômodo aceitar o que dizem as tradições ou as lideranças do que investigar com fidelidade o passado e trazer à luz da razão o desenvolvimento dos processos sócio-ambientais que nos antecederam. Em face desta ignorância sobre as questões ambientais de , quase que a totalidade da humanidade, diante da má fé dos esclarecidos, o mundo está entrando num processo de transformações vertiginosas e catastróficas em que a existência das formas de vida animada corre risco de extinção prematura. O comportamento consumista ilimitado estimulado pela mídia, é incompatível com as condições ambientais e os recursos naturais e finitos necessários para sustentá-lo. Um crescente déficit ambiental se formou com a liberação de gases carbonados emanados na geração de energia calórica contida nos combustíveis fósseis, para transformá-la em força motriz e elétrica para impulsionar o pseudo desenvolvimento que foi batizado como “revolução industrial”. As pessoas vítimas dos apelos publicitários, ignorando, por omissão dos anunciantes, os danos causados ao meio ambiente para produzir, condicionar, embalar, transportar e conservar os produtos que consomem, ou usam, desnecessariamente, o fazem inocentemente e, com isso, já estão comprometendo, indiretamente, a segurança social em nossos dias e, possivelmente, a existência de nossos filhos e netos amanhã. Esclareço: não sou alarmista, mas realista diante de um processo que a razão mostra e interesses financeiros procuram encobrir. Conscientizem-se de que tudo que consumimos ou usamos, alimentos, roupas, calçados, habitações, educação, saúde, transportes, lazer, etc. dependeram da utilização de algumas formas de energia; e, a maior parte delas são geradas a partir de combustíveis fósseis, que já causaram o desequilíbrio climático que já estamos sentindo, ou da desintegração nuclear, cujos resíduos radiativos estão sendo acumulados por não se ter como se livrar deles.
Sugiro aos ambientalistas de todo mundo, dedicados à preservação de áreas definidas ou de espécies em extinção que se unam, enquanto há tempo, em torno da ONU, para levá-la a criar uma taxa progressiva para ser aplicada no restabelecimento do equilíbrio ambiental, sobre a exploração de hulha, petróleo e gás natural, produtos cujos efluentes de combustão não se tem como reciclar economicamente. A taxação se refletirá na elevação de preços ao consumidor de produtos de industrialização automatizada, cujo consumo será inibido, abrindo maiores oportunidades para os manufaturados artesanais com restabelecimento do mercado de trabalho.. Os valores oriundos da taxação deverão ser aplicados no reflorestamento destinado ao enxugamento do carbono atmosférico e, portanto, com sepultamento da biomassa produzida.
Aos ambientalistas consumidores, sugiro a eliminação de todos os gastos supérfluos, cabendo a cada um distingui-los dos essenciais."

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