quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

ENERGIA

ENERGIA…
…a essência de tudo

(Artigo na íntegra e revisado)
Antídio S.P.Teixeira
Aos Internautas:

(Mesmo que o assunto abaixo não lhe desperte interesse, repassá-lo a todos os seus correspondentes será uma forma de contrbuição na divulgação do estado de degradação ambiental da Terra e dos perigos que nos espreitam.)

O mundo já não se preocupa tanto com as reservas de carvão, petróleo e gás natural; e sim, com outras formas de energia limpas e renováveis que deverão substituí-los, já. Dito isso, vocês ficaram SABENDO, se é que confiam no que afirmo; e, por sua vez, também afirmarão para outras pessoas com convicção absoluta, embora nada entendam do que afirmam.

Saber e Entender

Embora os dicionários não estabeleçam grande diferença entre os dois termos, SABER é estar superficialmente informado de possíveis acontecimentos por fontes convencionais aceitas como confiáveis. Já ENTENDER, é algo mais profundo que muito depende do “sentir” intelectualmente. É conhecer os acontecimentos em suas partes componentes mais íntimas e históricas. É uma visão global que não deixa dúvidas. Existem indivíduos que são verdadeiros “poços de saber”; portadores de amplos conhecimentos “decorados” são capazes de desenvolver empolgantes palestras sobre diversos assuntos, conquistando a confiabilidade de quem não conhece o assunto a fundo. Porém, na prática, são incapazes de desatarem o nó mais simples, dentro da matéria que tão bem explanou. Um hábil motorista, p.ex., pode ter notável desempenho na condução de um veículo. Mas, normalmente, quase nenhum deles têm noção dos princípios físicos que atuam na função de cada uma das peças do mecanismo.
No ano passado (2.008) o Ministro Fernando Hadad da Educação, em entrevista à Revista Veja, declarou que, em pesquisa nacional realizada por seu ministério, ficou constatado que 70% dos professores universitários nunca participaram de aulas práticas em laboratórios. Ora, sem desenvolver a sensibilidade que a experiência proporciona, o que eles podem transmitir aos professores primários e estes aos seus alunos senão o saber decorado nos livros?
É esta dificuldade que temos encontrado entre nossos leitores para que entendam a gravidade e a causa básica dos fenômenos degenerativos do meio ambiente, a extensão e a velocidade de expansão com que ameaçam a vida animada em nosso Planeta.
Na tentativa de suplantar esta dificuldade, escrevemos o artigo a seguir, mostrando que tudo que existe tem uma série de princípios “antecessivos” até chegar a um único (ENERGIA) e comum a todos, embora em diferentes fases de manifestação.
Para muitos leitores que têm vivência experimental em ciências naturais, não será difícil entender a nossa exposição, porém, para os demais chegarem ao mesmo entendimento, será necessário um pouco mais de esforço intelectual. Para descortinarmos uma visão ampla de qualquer fenômeno que se vê, se ouve ou se sente, é necessário que estejamos identificados com o “todo universal” para que, nele, se possa avaliar a sua integração e influência no meio.

A VIDA EM NOSSO PLANETA, – não é mais que um instante na eternidade em que algumas manifestações energéticas de variadas freqüências e intensidades se congregaram em algum ponto do universo para se materializarem como astros; e daí se desenvolverem na formação seqüencial de vidas minerais, seguidas pelas vegetais e, depois, as animadas que virão emitir vibrações, progressivamente mais inteligentes, e em várias freqüências; estas irão se incorporar a algo em formação, ou já existente, em uma nova dimensão além do espaço e do tempo, e fora do alcance de nossa atual compreensão.

A HUMANIDADE é o coroamento de todas as formas de vida como “um todo” e, jamais, encontrará o seu caminho natural em paz sem que, antes, entenda de onde vem, onde está e onde deveria estar para cumprir sua meta final e desconhecida.

ENERGIA – é a força que, em diversas modalidades de intensidade ou de freqüência, está presente em todas as coisas que existem, compondo-as ou influenciando as que já estão compostas: da luz, uma de suas manifestações, aos astros já materializados; tudo aquecendo, iluminando, movimentando, atraindo ou repulsando. Na matéria, como movimento, ela mantém coesos os elétrons circulando em torno dos núcleos para formação dos átomos; e, nesta ação, desenvolvem a força magnética que congrega estes para a formação das moléculas; quando átomos de diferentes elementos se atraem, compõem as moléculas de ácidos, bases e sais que, por sua vez, servem de alicerce para constituição da matéria orgânica. Movimento, luz, calor, eletricidade, raios X, infravermelhos, ultravioletas, magnetismo, gravidade, centrífuga, etc., são formas de energia em diferentes ritmos de vibração, aceleração e de concentração que se dispersam no espaço cósmico; oras materializados ou agregados à matéria já formada, incitando-as ao movimento e à evolução. Portanto, matéria é energia concentrada, conforme explicou Einstein em sua célebre fórmula E=M.c2, assim traduzida: ‘energia é igual à massa X a velocidade da luz elevada ao quadrado. Sua comprovação veio com as explosões de bombas atômicas que, em fração de segundos, fazem liberar no espaço todos os componentes energéticos contidos no material explodido: luz, visível; calor, percebido na fundição de metais e carbonização de outros materiais; e movimento, quando imensa massa fluida formada momentaneamente dentro da atmosfera impulsiona, violentamente, para longe do centro da explosão, todas as formas de matéria, sólida, líquida ou gasosa em seu entorno. E libera, também, outras radiações menos perceptíveis, porém nocivas a todas as formas de vida.
Portanto: “se, comprovadamente, matéria é energia concentrada; e, logicamente, energia é matéria em estado de dispersão”.

Temos dois níveis de concentração energética:
a) a energia atômica que mantêm congregados os componentes dos elementos simples e básicos, cujos átomos são indivisíveis e inalteráveis por processos mecânicos e que são identificados na Tabela Periódica. De formação mais antiga, compuseram o núcleo primitivo de nosso planeta. São os metais e metalóides. Os primeiros, que se caracterizam por serem eletropositivos, são todos sólidos à temperatura ambiente, com exceção do mercúrio que, nesta circunstância, é líquido. Já os metalóides, eletronegativos, apresentam-se nas três formas, dependendo da temperatura e da pressão que os envolvem. Assim, o enxofre é sólido em nossa temperatura ambiente; líquido ao atingir a sua temperatura de fusão, +115ºC; e daí em diante, se evapora e, combinado com o oxigênio, forma o perigoso anidrido sulfuroso (SO2) que, em contacto com a água, ou apenas a umidade, se transforma em ácido sulfúrico (H2SO4), altamente corrosivo.
b) -o restante da matéria existente em nosso planeta é a combinação dos elementos entre si, e os formados a partir dos ácidos, bases e sais, seguindo em sucessivas e variadas combinações e misturas, agregados pela energia luminosa captada do Sol através da fotossíntese, a matéria orgânica, desde os planctons até nós.
Normalmente, quando falamos em energia, logo é entendida como sendo elétrica. Não; como acabamos de explicar, esta é, apenas uma modalidade energética; a mais versátil e mais facilmente transportável e utilizável no domicílio e na indústria. Facilmente a transformamos em luz, calor, frio e movimento. Para efeito de avaliação da potencialidade, produção e consumo, pode-se tomar como base a caloria que é o calor necessário para elevar em um grau a temperatura de 1 centímetro cúbico de água destilada ao nível o mar. (Já existem novas definições, mas em quase nada alteram seu valor).
Por isso, nós, e tudo que nos cerca, perto ou distante, somos amontoados energéticos. Somos, portanto, energia concentrada, materializada, vivificada e ativada por diversas outras formas de energia combinadas.

Até o meado do século XVIII, as condições de vida humana eram naturais; porém muito precárias comparando-as com as dos dias atuais, no que se refere à alimentação, vestuário, higiene, habitação e transporte. As necessidades alimentares e de outros bens de uso essencial, eram supridas pelos esforços da criatividade humana e a força animal na produção agrícola e nos transportes, às vezes auxiliadas por potenciais energéticos naturais como quedas d’água para movimentar moinhos, monjolos ou carneiros hidráulicos, estes utilizados para bombear água; ou, ainda, moinhos tocados pelos ventos, e também utilizados como força propulsora na navegação à vela. Estas foram as fontes energéticas naturais que seriam destinadas pela Natureza para servir à humanidade. As dificuldades para suprir a tais necessidades, faziam com que o contingente populacional humano fosse restringido pela mortalidade precoce, especialmente de crianças, o que motivava uma natalidade intensa para compensar, e as mulheres, normalmente, tinham de uma até mais de duas dezenas de filhos. Mas, a seletividade era rigorosa e, quase sempre, somente os mais fortes conseguiam sobreviver e atingir a idade reprodutiva para gerar proles mais aptas para superar as adversidades.
Ocorre que, a descoberta da transformação da hulha em coque e com este a fundição do ferro em alta escala, proporcionou a Revolução Industrial que modificou todo o comportamento sócio-econômico da humanidade e deu início a fase em que vivemos: contamos com elevados índices de desenvolvimento humano para minorias espalhadas entre vários países, em detrimento de condições de vida dignamente aceitáveis para as maiorias em cada um deles. Tais condições geraram graves atritos sociais espalhando a insegurança pela disputa de bens de consumo e, ainda implantaram modificações no meio ambiente que poderão ocasionar um desastre de proporções inconcebíveis.
Gradativamente, máquinas foram inventadas para substituir seres humanos nas tarefas mais árduas; mas, com o decorrer do tempo, os empresários proprietários das máquinas e introdutores de novas tecnologias de trabalho, passaram a substituir, indiscriminadamente, homens pelas máquinas, buscando maiores lucros pela venda de seus produtos; ou seja, usurpando dos trabalhadores o direito de ganhos para satisfazer às suas necessidades familiares. As primeiras vítimas desta exclusão foram os lenhadores, produtores e transportadores de carvão vegetal que alimentava as rústicas siderúrgicas de então, uma vez que a hulha convertida em coque produz muitas vezes mais calorias por unidade de mão-de-obra aplicada, tendo sido esta a principal causa do progresso que, hoje, conhecemos. Máquinas a vapor substituíram escravos nos engenhos; motores elétricos, possibilitaram a criação de indústrias têxteis que substituíram as fiandeiras e as máquinas de costura aposentaram, sem remuneração, alfaiates e costureiras artesãos diversos; com o petróleo movimentando veículos com maior capacidade e menor número de operadores por tonelada transportada, muitos postos de trabalho foram arrebatados pelo empresariado. Hoje, com a expansão da informática, muito reduziram a mão-de-obra técnica; até mesmo os quadros de profissionais de nível superior. Produzem mais barato e em grande escala, porque se mobiliza menor participação humana na produção; em compensação os contingentes excluídos do trabalho perdem as condições para consumir honestamente os bens oferecidos. Caminho mais justo e harmônico teria tomado a humanidade se a ganância de empresários tivesse sido sufocada pela ação de governos esclarecidos e fortes, capazes de elevar os preços dos produtos industrializados com elevados impostos sociais para distribuí-los com os excluídos dos mercados de trabalho, como, hoje, tardiamente, se faz com a distribuição de bolsas de benefícios sociais.

No início da Revolução Industrial, a energia obtida a partir de combustíveis fósseis era baratíssima porque a hulha e o petróleo eram obtidos em jazidas quase que à flor da terra, exigindo o mínimo de trabalho humano e ainda, não se tinha noção dos danos que causariam no futuro ao meio ambiente. Tais vantagens ofereceram determinada segurança aos investidores para aplicarem seus capitais com grandes margens de lucro. Só que estes lucros não eram fruto de um trabalho realizado por trabalhadores que seriam os próprios consumidores dos produtos fabricados; mas por uma força energética cuja função vital é manter concentrado e sepultado no seio da terra, o carbono gasoso e tóxico que, se no passado distante, tivesse tido liberdade total, teria impedido a formação da vida animada; e a sua liberação excessiva para atmosfera em mais de dois séculos, já começou a comprometer sua existência futura.
Assim, nasceu o capitalismo, em que as aplicações financeiras e especulativas (bolsas) passaram a ser mais rentáveis do que a remuneração pelas vendas de mercadorias obtidas com a aplicação dos mesmos no valores no trabalho produtivo. No entanto, os custos para obtenção de energia para satisfazer às necessidades sociais introduzidas com fins lucrativos, aumentaram; primeiro: pelo aumento da profundidade das jazidas de hulha e de petróleo, principais fontes energéticas, e das distâncias a serem vencidas desde os campos de produção até os locais de consumo; e segundo: pelo início da conscientização das diversas formas de poluição ambiental causadas pelas novas tecnologias aplicadas nas produções agroindustriais, o que obrigou aos produtores a investirem em proteção ao meio ambiente, e, com isso, aumentaram, os preços comerciais; mesmo assim, o marketing capitalista continuou a oferecer aos investidores, lucros futuros que não mais poderiam obter com a venda de produtos abaixo dos custos reais, o que fez estourar a bolha nos fins do ano passado, e o que impedirá, doravante, os lucros especulativos, sem os quais, não mais existirá capitalismo. Portanto, as moedas circulantes no mundo, há muito tempo já não mais expressavam valores reais, mas, sim aqueles que eram manipulados, para mais ou para menos, pelos respectivos governos, de acordo com os interesses de grupos especuladores dominantes. Portanto, moedas flutuantes não podem expressar valores de bens reais uma vez que a emissão daquelas nunca é proporcional à existência destes, razão porque os especuladores agem, ou agiam, livremente, fazendo festa com os recursos dos investidores incautos.
Necessitamos de uma moeda mundial que expresse valores nominativos reais; e é a energia o único bem que está presente, proporcionalmente, na composição dos custos de todos os bens e direitos reais produzidos. E a unidade básica de seu valor pode ser “a caloria”. Portanto, o valor de cada bem seria calculado pelo somatório de todas as parcelas de cada forma de energia consumida desde a exploração, transporte, beneficiamento das matérias primas até o pós-consumo.

(Experiência: na década passada, adotamos um sistema, que poderá servir de base para estudos, para calcular direitos de associados em duas entidades beneficentes. A primeira delas, Associação Bahiana de Beneficência, de existência secular, possuía uma Caixa de Pecúlios cuja aplicação dos beneficiários era corroída pela inflação e, depois de trinta ou quarenta anos, por falecimento dos titulares, os beneficiários nada tinham a receber; e a Fraternidade de N.S. da Conceição, como forma de contabilização de aplicações preventivas de recursos numa caixa beneficente para assistência médica. Considerávamos a necessidade de uma correção de valores dos direitos de cada participante. Assim, a aplicação de hoje, equivalente ao valor de uma consulta médica ou de uma extração dentária, seria devido ao mesmo em qualquer época, assim como de uma cirurgia ou diária de internação hospitalar. Criamos, então “a Coroa” cujo valor unitário foi estabelecido com base na quantidade de calor emanado por cada unidade métrica de energia contida nas formas de combustíveis mais consumidos, e cujos preços comerciais seriam de fácil verificação pelas pessoas interessadas, na forma seguinte:

Gasolina automotiva comum…. litro = 11.100 Cal. = preço _________
Óleo diesel………………………….. ¨ = 10.900 ¨ = ¨ _________
Álcool hidratado………………….. ¨ = 6.400 ¨ = ¨ _________
Gás de encanado (não natural). 1 M3 = 4.300 ¨ = ¨ _________
Energia elétrica doméstica 1 Kva= 860 ¨ = ¨ _________
Total 33.560 ¨ = ¨ X
X
——— x 10.000 = valor da Coroa
33.560
(A fórmula acima citada integra os estatutos da Fraternidade de N.S. da Conceição, registrados no Cartório de Pessoas Jurídicas do Rio de Janeiro, em
02/12/1994.)

Por este processo monetário, pelo valor pago por qualquer bem ou serviço, o consumidor ficará sabendo quanto de energia foi gasta e consequentemente com quanto de gases poluente contribuiu na gerarão da mesma, em todas as fases de processamento, desde a obtenção da matéria prima até o momento do consumo ou do uso. P.Ex. – num automóvel X , foram gastas um milhão e meio gigacalorias, e, na sua locomoção posterior, consumirá Y calorias por quilômetro rodado; ou, no custo de uma passagem de avião ou no preço de uma pêra portuguesa comida no Brasil, ou, ainda, uma manga brasileira chupada em Portugal, e mais, a fração do preço de custo da aeronave, o passageiro ou consumidor, poderá avaliar, quanto de energia foi consumida e, conseqüentemente, com quanto de poluente contribui para o meio ambiente para satisfazer necessidades supérfluas; do mesmo modo, o preço de todas as coisas expressará o valor da energia que foi gasta na fabricação, embalagem, transporte, conservação, até mesmo na reciclagem dos resíduos. Ao reciclar resíduos de um bem que já foi consumido, o reciclador poderá avaliar se o consumo energético na reciclagem não será maior do que será o que será gasto até a aquisição de um novo bem. Muito importante para os casos de devolução de embalagens aos fabricantes de bebidas, p.ex. considerando o custo do transporte de retorno. Assim, põe-se fim na ilusão de que reciclando o lixo doméstico ou plantando algumas dezenas de árvores, o consumidor ficará quite com o meio ambiente.
Para adoção de uma moeda mundial nesta forma, pode-se tomar como base o valor da energia originada em diversas fontes, uma vez que elas são conversíveis entre si.
As grandes quantidades de energia consumida de diversas fontes, fizeram com que se adotassem unidades de medidas que abrangessem a todas elas. Assim adotaram a TEP. (Toneladas Equivalentes a Petróleo). Com esta unidade, avaliam-se o potencial energético comparativo contido em determinada queda d’água, a intensidade e a freqüência de ventos em determinada região, ou de quantidades de hulha, petróleo, carvão vegetal, lenha, gás, eletricidade, etc., comparando-o ao teor de TEP.
Portanto, vendo o mundo por este prisma de valores reais, os consumidores terão consciência dos danos ambientais causados pelo que consome e, também, uma visão real dos valores econômicos globais com muito mais segurança do que os comparados com valores fictícios de câmbios flutuantes.

Por favor, não deixem de repassar este artigo; é de interesse vital.

1 Comentários:

Às 6 de fevereiro de 2009 às 07:44 , Anonymous Anônimo disse...

Maurício:
Obrigado pela publicação.
Não sei se dá para você alinhar a fórmula da Coroa. No DDD não consegui e estou pedindo socorro ao Ivo. Forte abraço.
Antídio

 

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