AURORA DA ESPERANÇA
O premio Nobel Steven Chu, designado secretário de Energia do governo Barack Obama, juntamente com seus colegas das áreas de Agricultura e Meio Ambiente, comungam o mesmo pensamento realista a respeito do momento ambiental por que passa o planeta. Eles dão amplo apoio a um estudo de outubro de 2007 sobre energia , elaborado pela InterAcademy Council que congrega as principais academias científicas do mundo. Alí, põem em destaque o combate aos combustíveis fósseis, redução de dependência ao petróleo, busca de solução global e empenho em novas fontes de energia. Tal estudo conclui que a utilização da energia fóssil é insustentável. O relatório pertinente já está em fase de execução em diversos paises mais conscientes da situação, inclusive a China, mas não no Brasil, onde recebe o tratamento burocrático e dispersivo, próprio de nossa tradição governamental.
A governança Bush desconhece o importante relatório, naturalmente porque não menciona armas ou ações militares. No entanto, a equipe pertinente dos Estados Unidos, nomeada pelo novo presidente, está se estruturando para dar início às providências concretas a partir de 20 de janeiro de 2009. Pelas nomeações feitas e à vista dos projetos que vêm sendo montados, percebe-se claramente que Obama tem consciência de que a mudança climática é emergencial, exigindo ação ampla, solidária e global.
Esses fatos nos fazem vislumbrar os primeiros raios de esperança em ações de um governo responsável, condizente com a realidade ambiental. Tomara que os acontecimentos e providências da mais importante nação do mundo caminhem no rumo sério, racional e efetivo que os homens de consciência ambiental e o planeta pedem.
Consideramos que esses primeiros passos podem provocar a aglutinação dos paises por interesses comuns – porque comum é o planeta – advindo daí um organismo atuante de caráter mundial. Os tempos vindouros estão mostrando uma aurora de esperança.
4 Comentários:
Caríssimo Gomide:
Comungo com você de que esta é uma notícia alvissareira. No entanto, a solução não será tão fácil como parece, pois ela dependerá da quebra da espinha dorsal do capitalismo que é o consumismo. A oferta de produtos mais baratos para serem consumidos e/ou desperdiçados inconscientemente, depende da utilização de energias provenientes de fontes de custos financeiros ínfimos, embora de elevados danos, não contabilizados nem ressarcidos, ao meio ambiente de todos os seres, conforme tem ocorrido com a utilização da hulha, do petróleo e, agora, com o gás natural, durante os 250 anos da Revolução Industrial. Dos potenciais limpo, os hídricos já estão quase todos explorados; os eólios e solares, têm custos de investimentos cujos juros dos capitais investidos são maiores do que os valores das energias geradas, quando comparadas com aquelas originadas da queima de materiais fósseis. O mesmo ocorre com os biocombustíveis que, por absorverem muita mão-de-obra por gigacaloria produzida, (o que, socialmente, é benéfico). Tudo será viável se os governos adotarem a cobrança das Taxas de Equivalência sobre os fósseis, como fazem os países ricos quando adotam a cobrança de elevados impostos sobre os produtos agropecuários importados dos países pobres e em desenvolvimento, para custearem a baixa produtividade de seus agropecuaristas.
Antídio
Prezado Antídio,
Você tem toda a razão nessa optica.
Realmente a bactéria do sistema econômico não vai ficar apático nessas circunstâncias. Mas devemos ter os pés no chão. Obama poderá fazer mudanças na estratégia ambiental, mas - reconheçamos - ele está com as mãos amarradas. O caminho será previsível: o governante, que de fato é um representante do sistema, não vai afrontar as multinacionais. Vai convidá-los a participar das novas frentes de atividade econômica. O povo é o último a saber, quando fica sabendo. Veja você que a OPEP, ante o barril de petróleo a 33,00 dólares, decidiu fazer um corte monstruoso na quota. De nada valeu. Porquê? Porque os agentes econômicos já pereceberam que os combustíveis fósseis não têm futuro. Obama não estará sozinho; o sistema o apoiará, é claro, porque o lucro ficará garantido. As multinacionais vão participar de todo o processo. Pensa bem: O ganha-ganha não tem nada a ver com meio ambiente, mas com o lucro.
O que me preocupa é que a mídia televisiva, que tem o maior alcance de público, não está dando o devido respeito à questão do aquecimento global e da urgência de atitudes relevantes dos governos de toda a civilização conhecida. A impressão que tenho do modo como são abordados esses assuntos, é que as informações das terríveis mudanças climáticas, que já estão ocorrendo, são coisas de um outro mundo paralelo, e que não pode e nem vai nos atingir. Isso é muito preocupante, e tenho medo do momento em que a população "acordar" desse estado de torpor.
Caro DudadeVix,
Grato pela sua manifestaçao em nosso blog. Volte sempre.
Realmente, trata-se de outro mundo, o mundo da ilusão, da irresponsabilidade e de interesses sonantes que a mídia mundial vem divulgando para os incautos. Para eles, o momento é de festas, bebedeiras, gozos materialistas, turismo, consumos, ócios.
No entanto, a realidade é outra. De futuro próximo carregado de sofrimentos, caos social e desesperanças.
Ainda há tempo para realizarmos uma reversão da situação de desequilíbrio ambiental a que estamos caminhando. Mas o prazo é curto e requer tomadas de decisões corajosas dos que podem tomar essas medidas.
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