sexta-feira, 7 de agosto de 2009

REGREDIR PARA SOBREVIVER

Antídio S.P. Teixeira
Já não pairam dúvidas de que a vida animada na Terra está ameaçada de se extinguir em poucas décadas, diferentemente do que pregam muitos cientistas subvencionados pelo poder “econômico” (financeiro) dominante no mundo. Muitas espécies já se extinguiram, e a maioria ainda existente, está ameaçada, inclusive a nossa. A causa fundamental destes desastres teve início no meado do século XVIII, quando se começou a queimar a matéria fossilizada, a hulha (carvão mineral), para impulsionar o progresso mundial que começava a despontar. Empresários e governantes da época, não tinham a mínima consciência das consequências futuras, e estimularam, e continuam estimulando até hoje, o consumo de bens industrializados como forma de obtenção de maiores lucros, já que substituíam na produção a energia animal e humana, mais caras, por outra fonte que nada lhes custara senão escavá-la na terra. Preocuparam-se muito em localizar e preservar as jazidas carboníferas e, mais tarde a de petróleo; e nenhum cuidado sobre as consequências do oxigênio consumido nas combustões e os efeitos futuros dos efluentes carbonados lançados na atmosfera.

O desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia apontou meios para realização da fundição do ferro em grande escala para fabricar vigas, trilhos, tubos e chapas; daí, a construção civil desenvolveu o crescimento vertical que culminou com as megalópoles; máquinas a vapor e, posteriormente motores movidos a petróleo revolucionaram os transportes. Contando com estas fontes de energia barata, promoveram a abolição da escravatura e reduziram, gradativamente, a mão-de-obra operária, causando desemprego nos países que não dispunham de tais fontes energéticas.

O mal maior começou a dar os primeiros sinais na década de 1970, com o aparecimento do buraco na camada de ozônio sobre o Pólo Sul; e daí, com a progressão geométrica do consumo dos combustíveis fósseis, agora incluindo o gás natural, a deformação da cobertura atmosférica, proporcionou a formação do aquecimento global, e este, as mudanças climáticas que estão se processando aceleradamente. Com elas, chuvas torrenciais em regiões até então não sujeitas a elas, assim como secas prolongadas onde antes não havia, comprometendo a produtividade agropecuária e encarecimento dos produtos delas derivados. A fome cresce em vários países, muitos deles, até então, considerados ricos. Mudanças nos regimes de ventos incidentes sobre áreas em situação de secas, vêm causando incêndios florestais incontroláveis, atingindo áreas urbanas e queimando valiosas habitações e instalações comerciais; também, chuvas torrenciais vêm causando inundações, danificando cidades e devastando lavouras. Tudo isso vem comprometendo a economia globalizada, que já está quebrada, e a disputa entre países poderá arrastar o mundo a uma guerra que, se chegar às armas nucleares poderá abreviar a agonia da vida terrestre. REGREDIR em alguns hábitos de consumo e uso de produtos e serviços que careçam de maior consumo de energia é necessário como forma de sobrevivência das espécies.

É necessário que os povos se reorganizem social e culturalmente adotando costumes dentro de modelos que reduzam ao máximo o consumo de todas as formas de energia, (elétrica, calorífica, dinâmica, etc)., pois, mais de 90% delas derivam de processos poluentes, e as fontes de energia limpa disponíveis no mundo, (hidráulicas e eólias), mesmo todas aproveitadas, não serão suficientes para atender às necessidades essenciais da humanidade, e mais as supérfluas das classes privilegiadas. Tanto mais energia for consumida no mundo, maior será a carga poluente lançada no meio ambiente e maiores serão os prejuízos na economia globalizada.

Sugestão de iniciativas pessoais e sociais benéficas:
1º) – Através de debates, procurar conscientizar outras pessoas deste perigo que nos ronda;
2º) - Reduzir, ao máximo, o consumo e uso de tudo que não for realmente necessário;
3º) – Aplicar as economias que forem geradas na retração do consumo em planos agrícolas e de reflorestamento para fins energéticos e/ou para captação e retenção do carbono atmosférico; e, finalmente;
4º) – Encarar de frente preceitos religiosos e legais e incentivar a criação de programas de redução da carga populacional do mundo, até que se encontre o equilíbrio de sustentabilidade.
Rio de Janeiro, 2 de agosto de 2.009

O mínimo que você poderá fazer para começar a melhorar a segurança e o bem-estar social no mundo, assim como para o amanhã de nossos descendentes, é repassar esta nota e outras com o mesmo objetivo, para o maior número de pessoas que lhe for possível.
Antídio S. P. Teixeira

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