terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A POPULAÇÃO MUNDIAL

Propomo-nos aqui a apresentar a verdadeira dimensão da população mundial, fato desconhecido pela imensa maioria do povo.
Quando consultamos os relatórios estatísticos sobre as populações no mundo, ficamos sabendo que existem, hipoteticamente, 12.000 elefantes, 2.000 tigres indianos, 600.000 cangurus, etc. Se formos conferir esses dados, vamos contar os animais um a um. Contando, por exemplo, os tigres indianos, vamos achar os 2.000 exemplares e vamos proclamar que existem no mundo 2.000 tigres indianos. Significa que 1 tigre é 1 tigre, representa 1 tigre, que executa ações de 1 tigre. O valor numérico 2.000 registra a existência natural e efetiva de 2.000 tigres.
Quando verificamos os dados oficiais sobre a população de humanos, somos informados de que existem 6.600.000.000 (seis bilhões e seiscentos milhões) de pessoas. Mas isso não é verdade; é uma meio-verdade. É uma informação verdadeira quanto à representatividade natural, numérica, existencial. Mas, potencialmente, isto é, suas ações individuais, culturais e civilizacionais, correspondem a uma população efetiva de 660.000.000.000.000 (seiscentos e sessenta trilhões).
Vamos abrir um parêntese aqui para algumas considerações que ajudarão a compreender melhor essa informação. Desde os tempos imemoriais, o homem é um escravocrata. Sempre quis que outro exercesse esforços musculares em seus próprio benefício, poupando seu suor e lhe dando o prazer do conforto. Sabemos pela História que todos os povos procuraram usufruir os esforços alheios, ou pelo uso da força muscular de seu semelhante (escravidão), ou dos animais domesticados (uma forma disfarçada de escravidão), ou do uso das forças da natureza (que não deixa de ser uma forma de uso da servidão, mas de caráter intelectual). Essa última forma é apropriadamente chamada de tecnicologia e considerada natural e não antiética.
Até o início do século XVIII, as invenções humanas não prejudicavam a Natureza porque apresentavam resultados comedidos e sempre no uso de produtos orgânicos, que se reciclam naturalmente. Em 1705, no entanto, um inglês chamado Thomas Newcomen inventou uma geringonça mecânica que produzia força motriz pela pressão do vapor de água. Outro inglês, James Watt, em meados no mesmo século aperfeiçoou tal invenção e lhe deu condições de uso prático, acendendo assim o estopim da destruição do mundo pela criação do primeiro motor a vapor.
O ano de 1764 assinala o início – há menos de 300 anos – da trilha equivocada e suicida da civilização atual. Com a invenção do motor, tornou-se possível acelerar os movimentos de transformação material dos recursos do planeta. Surgiram as primeiras fábricas e se iniciou a era industrial. Em seguida, com as descobertas científicas, a tecnologia avançou e produziu o motor de explosão, o motor elétrico, o motor nuclear. Em outras palavras: criaram-se milhões de escravos, sempre a serviço dos donos do poder econômico, cujos representantes são os políticos.
Dando um exemplo concreto: eu tenho um automóvel com potência de 50 HP, isto é, força de 50 cavalos, que equivalem a 500 homens. Logo, tenho 500 escravos. Eles são alimentados com petróleo. Na Natureza, não existe milagre. Tudo que se cria, não se cria; transforma-se. No caso, transformamos o combustível em movimento. Para meu conforto; para não despender esforço com a locomoção. Além disso, produz-se rapidez.
Falei, em linhas gerais sobre a população numérica. Mas, na verdade, temos que considerar o fator tempo nessa equação. Enquanto as ações da atual civilização se processam a 2.000 k por hora, a Natureza tem ritmo próprio equivalente a 1 cm por dia. Se levarmos em conta tal ritmo civilizatório, a população mundial efetiva passa a ser de trilhões. Em outras palavras: as ações humanas degradam o planeta num percentual superior à sua capacidade de regeneração, advinda principalmente pela radiação solar. Isso significa simplesmente que o mundo tem gente demais. Não precisamos matar ninguém; basta matar motores.

6 Comentários:

Às 30 de dezembro de 2007 às 02:59 , Blogger Unknown disse...

O cilco da vida é um processo latente do qual o ser humano assume na vanguarda pela disputa de seu espaço em busca de alimento.O processo multiplicativo do homem e natureza dar-se-á pelo tempo de sua existência terrena até os seus últimos suspiro pela vida.É sistemático.Tantos nascem como morrem, isso faz parte da evolução humana.Agora, em função do seu habitat,o animal necessita de alimentos para prosseguir vivendo, pois o combustível para se movimentar, é proveniente da natureza que o proporciona.Hodiernamente,esse ciclo está sendo alterado, reduzindo os anos de vida, em face da degradação do planeta que vem sendo causado pelo próprio habitante do planeta terra, em nome de um "progresso" aviltante e com um fim determinado pela incompreensão humana.

 
Às 30 de dezembro de 2007 às 03:03 , Blogger Unknown disse...

O cilco da vida é um processo latente do qual o ser humano assume na vanguarda pela disputa de seu espaço em busca de alimento.O processo multiplicativo do homem e natureza dar-se-á pelo tempo de sua existência terrena até os seus últimos suspiro pela vida.É sistemático.Tantos nascem como morrem, isso faz parte da evolução humana.Agora, em função do seu habitat,o animal necessita de alimentos para prosseguir vivendo, pois o combustível para se movimentar, é proveniente da natureza que o proporciona.Hodiernamente,esse ciclo está sendo alterado, reduzindo os anos de vida, em face da degradação do planeta que vem sendo causado pelo próprio habitante do planeta terra, em nome de um "progresso" aviltante e com um fim determinado pela incompreensão humana.

 
Às 31 de dezembro de 2007 às 18:35 , Blogger Maurício disse...

Prezado Camara,

Grato pela sua presença nesta arena em que poucos falam e a imensa maioria não ouve. Suas palavras estão em acorde com as idéias que tenho externado. Há na França uma sociedade denominada Ass.contra o progresso.
Na acepção material, a palavra progresso implica transformação de algo com a finalidade de propiciar vantagem para o animal humano. Isso, em larga escala, descaracteriza o planeta, provocando a reação natural que se segue a toda ação.
Esperamos sua presença mais positiva neste espaço. Volte sempre e o convidamos a se juntar aos demais ambientalistas, ora tentando unir-se. Um abraço.
Maurício

 
Às 17 de janeiro de 2008 às 09:18 , Blogger Claudia Chow disse...

Dados interessantíssimos! Gostei muito do blog, já adicionei nos meus favoritos!
Voltarei com certeza!
Tb tenho um blog sobre meio ambiente: http://ecodesenvolvimento.blogspot.com

 
Às 17 de janeiro de 2008 às 09:18 , Blogger Claudia Chow disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
Às 7 de fevereiro de 2008 às 01:43 , Blogger Unknown disse...

Sim, tem gente demais no planeta e, concordo, não é preciso matar em escala mundial, mas controle de natalidade responsável seria benvinda e inteligente, afinal, até quando vamos suportar o "crescei e multiplicai-vos"?
É pra pensar.

 

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