segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O QUERER E O NÃO QUERER

O querer e o não querer foram postos numa balança.
O querer por vontade e o não querer por vingança.

Depois que, em fevereiro de 2007, foi amplamente divulgado o relatório dos cientistas reunidos no Painel da ONU, pelo qual ficou evidenciada a degradação do planeta pela ação gananciosa do homem, o assunto ECOLOGIA - em vez de ser abordado com a seriedade e gravidade de sua evidência - tornou-se ponto de apoio para a publicidade comercial em geral.
Dá nojo, angústia e revolta o uso que estão fazendo desse tema. Isso se chama manipulação de emoções. Esse recurso comercial, chamado também de estratégia de venda, não é novidade na área econômica, mas chegar a esse ponto - fazer apelo comercial com a desgraça planetária - é o maior dos crimes que podemos conceber. Só podemos entender esse abuso como mais um ato de paranóia do lucro; lucro acima de tudo, tudo, até da própria vida. Seria, a nosso ver, o estágio último da decadência humana, a inconsciência de ser, o desconhecimento absoluto da razão espiritual de nossa existência. Enfim, a negação suprema de nossa origem divina.
Desde a divulgação do mencionado relatório, vem-se intensificando o uso de tal recurso. Citamos alguns desses atos criminosos: diversos bancos criaram novos planos financeiros, chamando-os de ecoinvestimento, ecofinanciamento, ecofidelidade, ecocliente e outros nomes apelativos da espécie. Vários anúncios em revistas e jornais destacam que suas atividades (metalurgia, mineração, fundição, etc.) estão em harmonia com os interesses ecológicos. A Petrobrás atualmente veicula abundantemente que suas atividades não agridem a ecologia. Algo mais poluente e destruidor que o petróleo? Estão aumentando as resslvas, nos anúncios das indústrias, de que suas atividades são ecologicamente corretas. Está virando moda rebatizar as palavras com o prefixo "eco", na suposição de que isso lhes dá a autenticidade de bom caráter. É o criminoso escondendo as mãos.
A propósito, lembramo-nos de um filme antigo, chamado "A montanha dos 7 abutres", que demonstra como e por que é usado o artifício comercial da mentira e hipocrisia, calcado no sentimento dos bons de coração, apenas para atingir o paroxismo febril do lucro. Há pouco tempo, a mídia comoveu o Brasil até a exaustão, explorando o sofrimento de câncer incurável do Dr. Laureano, um médico nordestino que foi em vida um filantropo. Viu-se recentemente, durante mais de 30 dias, o esgotamento de todo o combustível emocional da tragédia com o avião da Tam.
Enfim, nessa ânsia pelo lucro tudo vale. Até a adoção da hipocrisia que incorpora tanto o QUERER como o NÃO QUERER. A escolha é sempre o lucro.
Ambientalistas: acautelem-se com os vendilhões do templo.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

SALVEM O PLANETA

Em 24/Julho/2007 (Estado de Minas de 26.7.07), o papa Bento XVI, em uma reunião com 400 padres em seu retiro situado em Lorenzago di Cadore, disse que a humanidade precisa ouvir a voz da Terra, SE QUIZER SALVÁ-LA DA DESTRUIÇÃO. Com a autoridade de sua posição, declarou textualmente: "Não podemos simplesmente fazer o que desejamos com essa nossa Terra, que nos foi confiada".

Em 2/setembro/2007 (Estado de Minas de 3.9.07), em Loreto, nas tradicionais festividades promovidas anualmente em defesa da Criação, pediu aos governantes mundiais que tomem medidas corajosas para salvar o planeta e exortou os jovens a serem humildes e a viver de modo exatamente contrário ao que o capitalismo propõe. Textualmente, acrescentou: "Salvem o planeta antes que seja tarde demais".

É interessante observar-se que, enquanto as visitas do papa aos países são amplamente divulgadas, multidões viajam de longe para recepcioná-lo e render-lhe respeito e obediência, e suas palavras ecoam como mensagens divinas, quando sua santidade se manifesta sobre o assunto máximo (porque vital), ninguém, mas ninguém mesmo, lhe dá qualquer importância.

Isso é para ser pensado, pensado e pensado. Isso pede uma análise.

domingo, 16 de setembro de 2007

A HUMANIDADE ESTÁ EM PERIGO

Entendemos que não é novidade para todos que as condições vivenciais no planeta estão em plena decadência. Sim, em consequência das atividades humanas, conforme ficou científicamente estabelecido com a assinatura de mais de 2.500 cientistas no relatório final elaborado ao fim dos trabalhos de pesquisa do Painel Intergovernamental da ONU. Esse diagnóstico taxativo foi intensamente divulgado pela mídia em Fevereiro de 2007, de forma que a população em geral ficou ciente da catastrofe que se avizinha para os próximos 20 ou 30 anos, SE NÃO FOR TOMADA NENHUMA PROVIDÊNCIA PELAS AUTORIDADES COMPETENTES.
O nosso espanto é que estamos em setembro/2007 e os governantes só falam em continuar (crescimento, progresso, desenvolvimento) a dilapidar os recursos habitacionais do planeta. Estamos vendo que nossos governantes elegeram o suicídio da humanidade, com progresso econômico, olvidando as necessárias ações de refreamento das causas de degradação do planeta. Por quê? Porque qualquer atitude ecológica implica entraves à atividade industrial, orígem primária de todo esse desequilíbrio climático.
O que prevalece no pensamento dos chefes de governo de mais de 150 países são somente as atitudes que redundem em benefício para seus retalhos geográficos a que chamam país, mas que são virtuais porque apenas convencionais e transitórios, como nos ensina a História. Defendem seus interesses. Pois bem: não enxergam que existe um interesse maior: o do planeta, que engloba esses retalhos ilusórios.
Em consequência de nossas preocupações sobre o assunto, chegamos à conclusão de que a solução para esse capital problema começa com a criação de um governo mundial, forte, efetivo para administrar os interesses do planeta, isto é, do nosso hábitat. Os interesses ambientais estão acima dos interesses mesquinhos das partes.
Isso constitui apenas um resumo de nosso pensamento inicial sobre o magno problema, tão sério, tão relegado.