terça-feira, 29 de abril de 2008

NOTÍCIAS EM DESTAQUE

a) Informe do IBGE diz que a indústria brasileira cresceu em 2007 e destaca o Estado de Minas Gerais como o que mais cresceu (8,6%). Em nome da Natureza, apresentamos a esse Estado os nossos pêsames. Os responsáveis por essa tragédia se vangloriam porque não querem ou são incapazes de ouvir os gemidos do planeta. E as empresas do sistema econômico, além de crescerem, alardeiam que respeitam o meio ambiente. Hipócritas! Ora, a indústria por si não cresce; seu crescimento é conseqüência do que tem duas causas diretas: o aumento populacional nominal e o potencial. As causas indiretas são várias: aumento artificial do poder aquisitivo (produto do roubo de recursos da Terra); saque sobre o futuro (vendas a crédito); desperdício (irresponsabilidade provocada pela ausência de necessidade); satisfação ao paroxismo da vaidade (resultado da propaganda maciça) e outras.

b) Orientação ecológica corrente das autoridades em meio ambiente (por comodismo político, insensibilidade ou incompetência); das grandes empresas (por artimanha ou estratégia mercadológica) e de diversos abnegados ambientalistas ingênuos (bem intencionados mas verdes na vida): a solução ambiental depende das ações individuais de cada um. Nesse diapasão, recomendam sempre as mesmas ações : poupar água ao tomar banho; não lavar desnecessariamente um copo; não lavar o passeio da casa; poupar energia elétrica no chuveiro e ferro elétrico, desligando-os quando não necessário; apagar as lâmpadas ao sair de um cômodo; consumir menos os produtos supérfluos; usar menos o automóvel; usar o verso do papel para rascunhos; viajar de férias para lugares mais perto de casa; e outras enganações da mesma espécie. Não há necessidade de comentar as primeiras citações. Voltamos nossa atenção apenas aos inocentes ambientalistas verdes (no sentido de não maduros). Estes não estão enxergando o verdadeiro tamanho do gigante. Nem é gigante; é gigantão. Melhor dizendo, nem é gigantão; é um enorme supergigantão. (não é pleonasmo; é desespero de expressão ou expressão de desespero). Querem ver o que pregam? Vamos dizer que uma onda oceânica de 200 metros se dirige ao continente. Solução? Cada um retirará água do oceano com uma colher de sopa.

c) Temos visto e ouvido nesses dias notícias da realidade mundial de que os alimentos básicos estão com preços elevados. Naturalmente, pela sua escassez. Em diversos paises mais pobres a população não está tendo capacidade monetária para adquiri-los. Paralelamente, ante a elevação do preço do petróleo, os governos nacionais estão investindo na produção do biocombustivel. A mentalidade dominante da atual civilização troca comida (não a dele, claro) pelo combustível. Dá mais lucro, ora, ora. Como o mundo não tem um governo para geri-lo, a conseqüência paradoxal está ai: fico sem comer, mas estou feliz andando de automóvel.

domingo, 27 de abril de 2008

"A GRANDE TRIBULAÇÃO" em marcha II

Transcrevemos abaixo artigo do eminente ambientalista Antídio Teixeira, publicado em 25.4.08 no blog "DebataDesvendeeDivulgue", local de concentração de ambientalistas que intentam unir-se para fortalecer a defesa do nosso desprezado planeta.

"Os Estados Unidos estabelecem cotas para consumo pessoal de arroz e suspendem exportações.
O Brasil acende sinal amarelo e controla seu estoque regulador.
A Argentina suspende a exportação de trigo para atender ao consumo interno. Os preços dos alimentos sobem em todo o mundo. Diz a ONU.
Meritório o comentário do Administrador em “A Grande Tribulação” em marcha I; mas, apesar de apontar alguns aspectos pouco conhecidos e procurar minimizar os efeitos dos biocombustíveis no mercado, deixa-nos oportunidade para explicitar graves conseqüências para o mundo, inclusive a ampliação da guerra pelo controle do petróleo como já vem ocorrendo no Iraque, e que poderá se estender para o Irã, a Venezuela e outros grandes produtores. Vejamos por que: […] Energia é uma força única que se apresenta em potencial na estrutura da matéria, no movimento desta ou no calor. Estas formas se convertem umas em outras e, destas transformações, possibilitou a criação e a evolução da vida cujo exercício culmina com a mais nobre das manifestações: a inteligência.
Alimentos, lenha, petróleo, hulha, gás natural, cursos de água e ventos são fontes de energia em constante estado de transformação entre si.
Alimentos liberam calor e produzem movimento nos seres animados para sustentarem-lhes a vida e proporcionar-lhes a realização de trabalho; mas, também liberam calor e produzem movimento quando queimados em mecanismos próprios, tais como caldeiras e motores.
Hulha, petróleo e gás natural são resíduos de milhares de florestas que, em sucessivas épocas, viveram num mesmo espaço de solo e que, encobertos com terra, se fossilizaram. Hoje, constituem-se em verdadeiros concentrados energéticos que nenhum esforço custou ao homem para produzi-los; apenas explorá-los e refiná-los. Assim, com um mínimo de mão-de-obra aplicada por caloria liberada, seu custo de produção sempre foi muito mais barato do que as demais formas de captação de energia. Considerem que, inicialmente, tais combustíveis eram encontrados à flor da terra; o petróleo, por exemplo, em alguns casos, fluía espontaneamente do solo e, hoje, tem que ser aspirados por poderosas bombas a milhares de metros de profundidade, tanto em terra como nos mares. Transportado por grandes distâncias e disputado em dispendiosas, injustas imorais guerras, os custos dos combustíveis automotivos com ele fabricados, têm se elevado a ponto de competir com o dos biocombustíveis sendo que, estes, oferecem vantagens sociais por distribuírem mais trabalho e renda com a sua produção; e ambientais, porque os vegetais que lhes servem como matéria prima, liberam na atmosfera, quando em vida, a mesma quantidade de oxigênio que será consumido durante o processo de elaboração e no consumo; e ainda: deixam o solo desimpedido para o plantio de novas culturas, tanto energéticas com alimentares. Por isso, são classificados como renováveis.
ONDE MORA O PERIGO
Os Estados Unidos são os maiores produtores e importadores de alimentos “in natura” do mundo, utilizados para alimentar diretamente o seu povo, seus animais e a indústria exportadora. Com os preços dos combustíveis fósseis competindo com os bio e a evidente possibilidade de ultrapassá-los em curto prazo, o milho com que alimentavam a avicultura e a suinocultura tiveram grande parte desviada para produção de álcool; e da soja transformada em biodiesel, diminuindo, assim a produção de alimentos industrializados comprometendo as exportações para países não produtores de alimentos, incluindo as contribuições humanitárias.
De acordo com observações pessoais das migrações agrícolas que faço há mais de cinqüenta anos, as regiões acima do trópico de Câncer e abaixo do de Capricórnio que, naquela época, dispunham de campos agrícolas mais produtivos com os quais abasteciam o mundo, vêm decaindo gradativamente, não só pelo esgotamento da fertilidade do solo mas, também, pelo excessivo acúmulo de óxidos de carbono sobre as regiões intertropicais, causadores do aquecimento global. Estas regiões estão se tornando mais produtivas para a agricultura; e o território brasileiro vem sendo crescente alvo da cobiça internacional. O nosso povo tem que pressionar seus governantes para reforçar a segurança do patrimônio nacional. OPINEM, e tenham todos um bom fim-de-semana."

sexta-feira, 25 de abril de 2008

PETROBRÁS E O AMBIENTE

Recebi a informação abaixo. Só tenho a acrescentar isso: Essa medida saneadora já vem tarde. A Petrobrás estava agredindo a minha inteligência e a dos demais brasileiros. Que os leitores meditem sobre os outros anúncios comerciais de eco-alguma coisa, como os eco-financiamentos, eco-inves timentos, eco-turismo, eco-desenvolvimento, eco-mineração, eco-transporte, eco-combustivel, eco-tudo.

Dois anúncios da Petrobrás foram retirados do ar pelo Conar por divulgarem uma idéia falsa de que a estatal tem contribuído para a qualidade ambiental e o desenvolvimento sustentável do país. O diesel da empresa é um dos mais poluentes do mundo e não segue resolução do Conama.

São Paulo (SP), Brasil — Órgão de regulamentação publicitária acatou denúncia de ONGs ambientalistas e secretarias de meio ambiente de SP e MG.
Tiraram a maquiagem verde da Petrobrás - pelo menos parte dela. O Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) decidiu nesta quinta-feira suspender dois anúncios da empresa petrolífera por eles divulgarem uma idéia falsa de que a estatal tem contribuído para a qualidade ambiental e o desenvolvimento sustentável do país. O Conar julgou procedente a ação movida por entidades governamentais e não-governamentais como o Greenpeace, SOS Mata Atlântica, Movimento Nossa São Paulo, Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), secretarias estaduais de meio ambiente de São Paulo e Minas Gerais, e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), entre outras.

O julgamento do Conar aconteceu em sessão fechada, da qual participaram o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SP), Pedro Ubiratan Escorel de Azevedo; o secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente (SP), Eduardo Jorge; o médico e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Paulo Saldiva; o representante do Movimento Nossa São Paulo, Oded Grajew; e o diretor de campanhas do Greenpeace Brasil, Marcelo Furtado.

A decisão, inédita, abre precedente para uma mudança no comportamento do mercado publicitário.

"A decisão do Conar rejeita a tentativa da Petrobrás de fazer maquiagem verde e valoriza a verdadeira comunicação dos valores sócio-ambientais para o público e consumidores brasileiros. Esperamos que a decisão do Conar sirva de precedente para toda e qualquer empresa que, em vez de praticar a ação sócio-ambientalmente correta, fique apenas no discurso", afirma Marcelo Furtado, diretor de campanhas do Greenpeace Brasil.

"O resultado do julgamento é um marco na história do Conar, que optou por não compactuar com a morte de 3 mil pessoas por ano só na capital paulista", comemorou Oded Grajew.

Em sua defesa, os representantes da agência DPZ e da própria Petrobras argumentaram que a resolução do Conama não determina a diminuição da quantidade de enxofre no diesel comercializado no país, afirmaram que a empresa atua de forma "lícita e regulamentada" e que o "diesel não é o único responsável pela poluição veicular". Sérgio Fontes, da área de abastecimento da Petrobrás, chegou a dizer que a qualidade do ar em São Paulo "é aceitável e que as mortes são de outra natureza".

A declaração foi contestada pelo médico Paulo Saldiva: "Para nós, médicos, a qualidade do ar não é aceitável. Nosso estudo segue a metodologia recomendada pela Organização Mundial de Saúde, que é taxativa ao declarar a morte de 2 milhões de pessoas em todo o mundo por causa da poluição atmosférica".

Com a decisão do Conar, ficam suspensas as campanhas "Sonhar pode valer muito" e "Petrobrás - Estar no meio ambiente sem ser notada", que incluem mídia impressa e eletrônica.

De acordo com a ação apresentada pelas entidades, a Petrobras "afirma recorrentemente em suas campanhas e anúncios publicitários seu compromisso com a qualidade ambiental, com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social. Entretanto, essa postura que é transmitida por meio da publicidade não condiz com os esforços para uma atuação social e ambientalmente correta".

O óleo diesel produzido pela estatal é um dos piores do mundo e contribui para piorar a qualidade de vida dos brasileiros.

A resolução 315/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que, a partir de 1º de janeiro de 2009, o diesel comercializado no Brasil contenha, no máximo, 50 partes por milhão de enxofre (ppm S). A proporção hoje é de 500 ppm S nas regiões metropolitanas e de 2000 ppm S no interior. A substância, altamente cancerígena, é responsável pela morte de 3 mil pessoas por ano somente na capital paulista.
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quinta-feira, 17 de abril de 2008

ROUBO DE CORAIS

Os jornais de 17.4.08 publicaram uma notícia de grande significado. Examinada com olhar analítico, tal informe revela sua verdadeira dimensão. Diz o ditado que “pelo dedinho se conhece o gigante”. E toda informação deve ser examinada ante um critério crítico e racional.
Em resumo, os jornais informam que, em cumprimento a mandados judiciais, os órgãos federais de polícia, juntamente com a procuradoria pública e sob a coordenação da Interpol, efetuaram em 11 Estados brasileiros busca e apreensão de corais nas lojas especializadas em comercialização de aquários e produtos marinhos. Acrescentam que essas ações policiais foram realizadas também em diversos países, como Alemanha, EE.UU., França, Canadá, Argentina, Reino Unido, Holanda, Dinamarca.
A apropriação e destruição de corais, para atender à fome inextinguível da ganância comercial, é um crime contra o meio ambiente que vem sendo denunciado pelos ambientalistas há muitos anos, sem produzir qualquer efeito.
Na análise da notícia, tiramos a conclusão de que, ante a prontidão com que se mobilizaram o judiciário, a promotoria pública e a polícia federal no Brasil, e nos demais países, houve não um ato isolado de ação ambiental, mas o cumprimento de uma ordem da Interpol. Essa entidade internacional, para tomar uma decisão desse porte e na área ambiental, deve ter sido fortemente pressionada por algum órgão de vulto. Imaginamos que tal iniciativa talvez tenha partido da ONU; não sabemos, mas não temos dúvida de que o núcleo decisório está investido de alguma autoridade.
O exame desse fato nos leva a destacar sua importância, desde que indica uma ação mundial pioneira em assuntos ambientais. Pelo menos, evidencia que se está formando uma consciência para a necessidade de tomadas de decisão global quando o objetivo é o de preservar o planeta. Tais fatos indicam a formação, a nosso ver, de um protoplasma do governo mundial. Já seria o primeiro passo no caminho certo.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A VELOCIDADE DO TEMPO

Transcrevemos abaixo artigo do eminente pensador e ambientalista Antídio Santos Pereira, no qual faz considerações sobre a dinâmica natural do planeta Terra, alterada pelas atividades econômico-industriais.

"Ano a ano cresce o número de pessoas que reclama da rapidez com que o tempo está passando. Desconheço até hoje qualquer justificativa dada pelos meios científicos salvo a associação feita pelo ex-frei Leonardo Boff, com a Ressonância Shumann, em artigo que foi divulgado pela imprensa e pela Internet. Não me detive no assunto na época em que tomei conhecimento, porém no meu caminho de observações sobre os processos energéticos, cruzaram-se vias que me conduziram ao fenômeno e a oportunidade de interpretá-lo ao meu modo. Tentarei explicar através de uma causa mecânica, talvez ainda não considerada pela Ciência; e, sobre ela, aplicando a Teoria da Relatividade.
Vejamos:
A superfície da Terra recebe continuamente uma quantidade imensa de energia luminosa da qual grande parte é agregada à matéria que compõe a crosta, em especial, através do mundo vegetal. Isso faz com que o planeta aumente a sua massa a cada dia e, conseqüentemente, reduza sua velocidade de rotação e, logicamente a de translação. Isso porque ele é portador de um impulso primitivo que não é renovado, e, como ocorre com os nossos satélites artificiais, depois de algum tempo, são vencidos pela gravidade e retornam à Terra numa órbita espiralada. Assim, sua desaceleração vinha sendo feita gradualmente num ritmo lento o mesmo que vinha incorporando instintivamente nos seres vivos que habitam a crosta terrestre. Por isso, o biorritmo de todo organismo vivo que se formou durante milênios na superfície do planeta acompanhou o mesmo ritmo da desaceleração. Portanto, sob este comando que está impresso em nosso código genético, assim como de todos os seres vivos, nada deveria ser antes e nem depois do que está programado biologicamente. O que nos caberia, seria desenvolver a nossa sensibilidade nata para perceber o momento certo de cada coisa para vivermos harmonicamente dentro do nosso tempo. No entanto, isso não está ocorrendo porque um fator até há pouco tempo despercebido, está dessincronizando o tempo de rotação da Terra, cada vez mais lento, aquém do que seria normal, e do biorritmo, mais rápido, impresso por ela mesma nos seres vivos desde épocas remotas, até o início da utilização dos combustíveis fósseis como fonte de calor.
Exemplifiquemos:

Num carrossel de parque de diversões temos 32 cadeiras dispostas de 4 em 4 sobre 8 raios eqüidistantes. Se 8 pessoas de peso mais ou menos igual sentarem-se nas cadeiras mais próximas do centro, o carrossel girará com “mais velocidade” do que se elas sentarem-se nos assentos externos. Neste último caso, o carrossel girará com “menor” velocidade já que o caminho percorrido por cada ocupante passará a ser “muito maior”, o que exigirá maior esforço do motor, caso se queira manter a mesma velocidade.
No início deste trabalho, fizemos referência a um anel composto por gases pesados que circundavam o equador da Terra, isso, logo após a consolidação da matéria mais pesada que à forma. Esses gases acompanhavam o movimento rotativo do planeta na mesma velocidade, porém descrevendo uma órbita muito maior, visto estarem muito acima da superfície. Ocorre que, durante a era de predominância vegetal, estes gases foram incorporados à matéria orgânica vegetal para formar a biomassa que foi fossilizada; e, nesta nova consistência, armazenados em covas profundas, muito abaixo da superfície do solo, passou então, a descrever uma órbita em torno do eixo terrestre, muito menor do que aquela que, antes fazia, quando na forma gasosa. Assim, tais materiais ao se transferirem de uma órbita maior (externa) para outra menor (interna) conservando seu mesmo peso, transferiram, também, para o planeta uma velocidade maior ao seu giro. (Fase em que foram desenvolvidos os seres animados.) Comparando com o carrossel, é como quando os ocupantes das poltronas externas passam para as internas em pleno movimento indo acrescentar mais velocidade ao carrossel.
Portanto, “do apogeu da vida vegetativa, (quando começaram a ser criadas as formas de vida animadas) até o início das combustões de fósseis”, (quando se iniciou a Revolução Industrial) o movimento rotativo do planeta foi se desacelerando num ritmo mais ou menos constante, fazendo imprimir esta cadência no código genético de cada ser em desenvolvimento.


A partir deste evento, com o crescimento da combustão de materiais fossilizados para atender às mais diversas formas de consumo energético, os movimentos do planeta, (rotação e, conseqüentemente, o de translação) passaram a uma fase de desaceleração maior porque os elementos pesados e fossilizados que estavam sepultados seguindo uma órbita menor em torno do eixo, uma vez queimados e gaseificados, passaram a reocupar órbita muito maior em torno do planeta motivando a redução de sua velocidade, do mesmo modo como ocorre quando as pessoas que estavam nas poltronas internas do carrossel se transferem para as externas.
Dada a rapidez com que ocorreu esta alteração nos movimentos terrestres, os seres animados que habitam o planeta não tiveram o tempo hábil para realizar as modificações genéticas de adaptação ao novo ritmo uma vez que necessitariam centenas, ou mesmo milhares de gerações para efetuá-las.
Vejamos agora as conseqüências destes fenômenos à luz da razão e da Teoria da Relatividade:
Nós nos deslocamos na superfície da Terra em torno de seu eixo numa velocidade supersônica constante de 1.666 K/H. Embora, seja qual for a velocidade de rotação do planeta o resultado encontrado seja sempre o mesmo, (40.000 km divididos por 24h), nosso dia terá, sempre, 24 horas, maiores ou menores, dependendo do tempo em que o planeta efetua uma volta. Ou seja: se a Terra aumenta ou diminui a sua velocidade de rotação, o tamanho dos dias, horas, minutos ou segundos aumentarão ou diminuirão de tamanho na mesma proporção sem que notemos conscientemente, embora percebamos desconfortos em nossos organismos. Isso porque eles não têm a versatilidade necessária para se alterar e acompanhar tal modificação no decorrer de umas poucas gerações. Se a rotação planetária vai se tornando mais lenta do que o biorritmo impresso em nossas células, a sensação que nos transmite é de que o nosso tempo está passando mais rápido. Isso porque, a nossa velocidade absoluta orbital realizada em torno do planeta, vem decaindo num ritmo mais acelerado do que seria se não tivesse havido a gaseificação dos elementos fósseis e o seu deslocamento para uma órbita externa muito acima da superfície terrestre. Tome-se, como exemplo, os passageiros de um trem bala que, depois de algumas horas de viagem se adaptaram à velocidade máxima. Quando é suprimida a força motriz, mesmo sem uso dos freios, a inércia individual que ficou gravada nas células dos passageiros ficou mais veloz do que as do trem, o que faz com que eles se sintam impulsionados para frente. A estrutura psicológica deles ficou com ritmos mais rápidos do que a estrutura do trem. Assim, tem ficado o nosso trem global: mais lento enquanto nosso tempo passa mais rápido.
Considerando os preceitos da Teoria da Relatividade: “se a velocidade com que nos deslocamos no espaço (em torno da Terra) diminui, o nosso tempo absoluto avança” e nos fica a impressão (o que é real) de que o tempo está passando depressa em nossas vidas.

Obs. – Este artigo é apêndice da Cartilha Ambiental Popular dirigida a médicos e biólogos para que analisem os efeitos deste fenômeno sobre os seres animados."

quinta-feira, 3 de abril de 2008

ACORDA, GENTE!



É generalizada a dúvida sobre se as atividades humanas estão degradando o nosso meio ambiente, isto é, a atmosfera, as águas, as terras, com conseqüências diversas advindas do desequilíbrio entre as partes, que são interdependentes. Não vamos dizer que sim nem que não. Entendemos que cada humano deve fazer a sua própria análise dos fatos e tirar suas próprias conclusões. Devemos extrair da ciência as informações que ela tem condições de nos fornecer, nunca as opiniões de seus profissionais, pois em geral são elas conflitantes e carregam índoles humanas. Recentemente um geneticista sul-coreano confessou que falseou informes científicos para ficar em evidência perante o mundo. É célebre a farsa forjada por dois cientistas paleontólogos ingleses, apresentando o elo perdido dos humanos com o crânio de “homem de Piltdown”. Em tempos passados, qualquer dúvida era aclarada pela palavra divina, proferida pelos sacerdotes. Em tempos mais recentes firmou-se a convicção de que a ciência explica tudo. E o prestígio dos cientistas elevou-se no conceito coletivo, adquirindo foros de conhecedores das verdades. Com a descoberta de novos rumos da ciência, com a Lei da Relatividade, saiu do pedestal a física newtoniana. Recentemente aquela se viu abalada pelas insuspeitadas descobertas da Mecânica Quântica.
Entendemos que devemos enxergar o planeta como um todo, sem nos atermos a suas partes. Ele é um conjunto em constante busca de equilíbrio pois as relações de seus componentes naturais são muito frágeis. Para melhor entendimento, devemos lembrar que o mundo não foi sempre assim. Há 3,7 bilhões de anos, surgiram os primeiros seres vivos e viviam numa atmosfera prevalente de metano. Eram bactérias anaeróbias que nas suas ações metabolizantes desprendiam oxigênio. Sua quantidade foi tão grande e por tanto tempo que nos brindou essa quantidade enorme de oxigênio, propiciando aos humanos essa civilização atual.
Pelo raciocínio lógico, podemos perfeitamente deduzir para onde caminha a humanidade. Pero Vaz Caminha, ao descrever ao rei o que encontraram os portugueses na Terra Nova, disse que realmente existia o paraíso descrito pela bíblia, e que ela estava nessas terras. Hoje podemos ver que “paraíso” temos. Diz-nos a razão que tudo tem seu limite. A população mundial cresce sem parar; até na China que limitou a procriação de um filho por casal. A tecnologia médica trabalha para prolongar a vida das pessoas. Agora estão no caminho de mais produção de humanos pela clonagem de células tronco. As fábricas de automóveis produzem veículos mas não fabricam estradas e ruas. E vai por ai.
Tudo tem limite. A população cresce sem parar e o planeta é o mesmo. O câncer em um corpo tem progresso, desenvolvimento, e sabemos onde o corpo vai parar. Nada neste mundo vai sem parar.
Nossa posição no caso se baseia na vivência de 80 anos, no decorrer da qual sempre observamos, obtivemos informações, lemos, raciocinamos para afinal deduzir que a civilização está corroendo nosso ambiente. Além do exercício profissional e social a que fomos levados pela cultura, passei vinte anos no ambiente rural, em contato com a natureza. Observando e raciocinando. Nossa dedicação ao ambientalismo não é gratuita. É um sentimento de consciência da espécie a que pertencemos. Ao sentir o perigo iminente, pegamos a lanterna vermelha e ficamos todos os dias e noites acenando para a humanidade, como a alerta-la do perigo que estamos enxergando.
Um fator que impede a muitas pessoas de enxergar a lógico dos tempo atuais é a cultura. Somos criados, desde pequenos, com as condicionantes da cultura. A língua, por exemplo, é um marco importante dessa cultura. A religião, os costumes, os modos, a ética, a lei, as instituições, a roupa, etc. são ferramentas que nos enformam (pôr na forma). Para um raciocínio livre, temos que nos libertar dessas condicionantes.
Parece-nos que ante uma possibilidade de extermínio da humanidade, por questão de segurança e inteligência devemos tomar todas as providências para evitar a catástrofe. É um assunto que não pode vacilar. Está em jogo a vida animada do planeta. O que ainda incute dúvida em alguns espíritos, é a decorrência relativamente normal diária, sazonal e os procedimentos usuais da civilização. Não se apegou ainda na mente humana que os efeitos de nossos atos iníquos demandam um interregno relativamente longo. Uma estrutura que suporta 2.354 gramas, só desmoronará quando lhe for acrescentado o último grama. Nem antes nem depois. Vamos esperar que o ato limite, precipitante da hecatombe, ocorra? Raciocínio se destina a prever um fato.
Se uma pessoa está contando: 1, 2, 3..... nós temos condições de prever que ela pronunciará o número 258. E quando isso ocorrer, os assistentes ficarão maravilhados, pensando: como é que fulano sabia disso?
Num enfoque cósmico, a extinção da humanidade não tem a menor importância. Seria apenas mais um aspecto pontual no ciclo em que estamos inseridos. Mas tratamos aqui de nosso interesse maior, a vida.
Não tratamos do crer ou não crer; a crença situa-se na área psicológica da fé. Focamos aqui o enxergar ou não enxergar, que provém do exercício do intelecto. Enxergar, perceber, sentir, os pontos abaixo é um produto da atividade intelectual:
a) a atual civilização está destruindo as condições vivenciais no planeta;
b) a população de humanos passou do ponto de equilíbrio;
c) ainda há uma solução: medidas radicais agora; depois é tarde;
d) criação do instrumento executivo: o governo mundial.