Enviado pelo ambientalista Antídio Santos Pereira Teixeira.
Mudanças climáticas, desmatamentos, superpopulação e poluição ambiental: o mundo vive o seu fim.
(Transcrição do JB Ecológico – 02/07)
Para meditar e comentarSegundo a ONU, a cada segundo que você demora lendo este texto, 8,6 bebês estarão nascendo em algum lugar do planeta. Serão 516 nascimento por minuto, 30.960 por hora, 743.040 por dia. Em um ano, mais de 260 milhões de pessoas estarão se somando aos atuais 6,5 bilhões, todas competindo por espaço, comida e água, produzindo lixo, respirando oxigênio e eliminando carbono (CO2), além do metano nas fezes.
Se você acha que isso já é motivo de preocupação, acertou! Até pouco tempo atrás, vários cientistas atestavam que o planeta Terra poderia suportar sem problemas o dobro da população existente, baseando-se apenas nas novas tecnologias que garantiriam um aumento na produção de alimentos. Mas ninguém havia chegado a uma conclusão de qual seria a capacidade do planeta em sustentar a progressão humana, devido à infinidade de fatores a serem analisados.
O que é fácil notar é que a Terra tem o seu limite. E quanto mais povoada, maior será a quantidade de recursos naturais utilizados.Quanto maior for o crescimento populacional desordenado, mais difícil será atingir o desenvolvimento sustentável. Conforme a população cresce, ela necessita de uma área maior para viver e para produzir seu sustento, e com isso, as florestas que cobriam aproximadamente 60% da área terrestre, hoje cobrem apenas, 22%.
As florestas regulam a quantidade de carbono na atmosfera e ajudam a estabilizar o clima. Com o passar dos tempos os impactos causados pelo homem no mundo ficaram evidentes. As florestas tropicais foram destruídas, as reservas de água estão sendo contaminadas, a camada de ozônio vem sendo constantemente danificada. A emissão excessiva de carbono está causando o aquecimento global, que por sua vez está provocando mudanças abruptas em todo mundo. As instabilidades que todos nós observamos no clima, como calor e frio extremos, secas e inundações, já estão afetando a produção mundial de alimentos, que apesar dos investimentos, já teve uma redução de 3,4% em 2.005, demonstrando que o planeta já ultrapassou o seu limite de sustentabilidade há algumas décadas sem que pudéssemos perceber. Concluem que o caos será iminente e inevitável, pois as soluções de maior impacto, que poderiam ter alguma eficiência para conter e reverter as catastróficas instabilidades climáticas são impraticáveis. Seriam elas:
O – A redução imediata da população do mundo em, pelo menos, 40% dos números atuais;
O – Reflorestamento de 60% das áreas devastadas;
O – Redução da produção industrial em 35%;
O – Substituição de todos os combustíveis fósseis;
O – Redução na mesma proporção da população de animais criados para sustentá-la, como gados,porcos, galinhas, etc., que contribuem na geração de carbono e metano, medidas impossíveis de serem realizadas em curto prazo que não acarretassem o nosso auto-extermínio.
OUTRA REALIDADE
A outra realidade é o aumento progressivo do desemprego e miséria em todo o mundo, estimulado pelas inovações tecnológicas que a cada instante substituem a mão de obra braçal, deixando-a cada vez mais ociosa e descartável, mostrando que futuramente não haverá mais espaço para não especializados.
Só os latino-americanos e caribenhos chegam a 211 milhões, vivendo abaixo da linha de pobreza, com um aumento de 11 milhões desde 1990 (até junho de 2.002). Um excedente populacional não produtivo que sobrevive às custas do assistencialismo regional e internacional. Infelizmente, não há mais solução para essa questão, ela tornou-se irreversível com o aquecimento global.
POBREZA E DESCONTROLE
Com o crescimento da população mundial e o declínio da produção de alimentos, fica matematicamente fácil concluir que a fome transformará, em curto prazo, milhões de habitantes de países pobres em refugiados ambientais. O resultado será o de migrações em massa e instabilidade política em todo mundo. As guerras e desastres causados pelo caos climático serão inevitáveis e matarão milhões de pessoas em todo o planeta.
Em pequena escala, os refugiados já começaram a invadir a Europa e outros países, situação a ser refreada apenas quando a população mundial regredir para níveis novamente sustentáveis. Cada país terá que defender seu território como puder. Será cada um por si. Os EUA já triplicaram o número de soldados nas suas fronteiras e planejam construir um muro para conter a imigração em massa!
Um bom observador verá que o mundo hoje está caminhando para o caos em diversos aspectos: a miséria está desenfreada, a criminalidade, o fanatismo, a insensatez e a “sujidade humana” estão aumentando de uma forma espantosa em todo mundo e já contaminaram instituições governamentais de diversos países, inclusive o Brasil. Estamos presenciando uma inversão de todos os valores éticos, morais e religiosos em todo mundo! As instabilidades climáticas serão o “estopim” para o caos que as profecias bíblicas já previam e agora possuem o aval da ciência.
Nas grandes cidades, a concentração de pessoas que trabalham apenas para seu sustento diário é imensa , ganham em média R$ 25,00/dia, para em seguida ir ao mercado comprar mantimentos. Estamos diante de uma bomba humana que poderá explodir a qualquer instante. O descontrole econômico abrupto, com o desemprego generalizado, provocará o caos social, com correrias desenfreadas em busca de alimentos, criminosos nas ruas, distúrbios generalizados, saques em supermercados, residências, mortes e daí por diante. O pavor causado pelo PCC em São Paulo foi uma pequena amostra do que poderá acontecer, mas de forma generalizada, nos grandes centros de todo mundo.
Lélis – Jornalista de Curitiba.
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